PRA COMEÇAR A SEMANA

Pra você que anda assim, meio na dúvida (em muitos casos, com medo), sem saber em quem votar pra prefeito e vereador, faltam apenas três semanas e é importante fazer algumas reflexões: primeiro, sobre os candidatos que aí estão (o que pretendem, o que fizeram, capacidade, etc.); depois, analisar fichas e se não haverá problemas durante um possível mandato e, finalmente, se vale à pena se dirigir às urnas. Mas qualquer que seja a opção, deve-se tomá-la com a cabeça e coluna eretas. 

VIOLAÇÃO DE DIREITOS

 Por mais que tentemos defender o governo Bolsonaro, não dá. O presidente e boa parte de seu governo continuam violando direitos e, mesmo, a lógica. Para exemplificar o fato inexorável, falam mal da China e este país, independente, do regime, é nosso maior parceiro comercial e, neste momento de pandemia, o que mais nos vende medicamentos, insumos para o combate a várias doenças, inclusive a Covid-19. Politizar, partidarizar e, pior, se submeter às vontades dos americanos, sinofóbicos, é tudo que não precisamos neste momento em que o Brasil - e grande parte do mundo - vive seu maior inferno com a gravíssima crise que todos atravessam. Sanitária, financeira, política, nas relações exteriores, etc. Os brasileiros que se submetem, ou não, aos caprichos bolsonaristas; as brasileiras que não aceitam as intempéries oportunistas; o povo que é submetido à vergonha do assistencialistas e ao clientelismo; a classe média que banca tudo isto, enfim, a imprensa que não suporta todo tipo de pressão e o povo de bem não conseguem fechar os olhos pra tudo que vem acontecendo no Brasil, conhecido e apontado como um estado pária, uma terra quase sem lei, onde tenta se instalar uma ditadura e, principalmente, acabar com o pouco de vergonha na cara que resta.

JECA BOLSONARO TATU

Quando se olha pra Bolsonaro e muitos de seus asseclas - aqueles seguidores extremistas capazes de qualquer coisa para agradar ao "chefe" - logo se pensa em alguns personagens caricatos e trapalhões do cinema que só faziam bobagens, arrancando gargalhadas e levando ao delírio a platéia a qual às vezes até duvidava que pudesse existir gente assim. Entre os mais lembrados, com certeza, está Mazzaropi que, com extrema maestria, interpretava Jeca Tatu, Pedro Malazartes, Bernadino Jabá, Fofuca, Betão Ronca Ferro, Anastácio e sargento (que bem poderia ser o capitão) Ambrósio, muitos dos quais parecidos com algumas das facetas do presidente. As cenas de seus filmes, a cada dia, lembram o governo cujas peripécias envolvem ações desastradas e desastrosas que, ao contrário de uma simples arte dramática, trazem - e trarão ainda mais - problemas para o País. Tudo isto seria cômico se não fosse a tragédia que milhões de brasileiros e brasileiras têm vivido e enfrentado, principalmente, com a pandemia, o desemprego, dependendo das esmolas de planos emergenciais assistencialistas e com o descrédito internacional advindo do que fazem os Jecas Tatus, os Broncos, os Oscaritos, os Costinhas e tantos outros autênticos Trapalhões da vida real.

PRA COMEÇAR A SEMANA

"Tudo chega a seu tempo para quem sabe esperar". (Liev Tolstói, Guerra e Paz)

GOVERNO BUNDA SUJA

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro gabava-se de a Operação Lava Jato ter acabado " porque em seu governo não havia mais corrupção", o vice-lider, e amigo antigo (um quase parceiro em união estável), senador Chico Rodrigues (DEM-RR), era pego com a mão na botija, ou melhor, com as partes íntimas cheias de dinheiro, no caso, R$33 mil escondidos, supostamente, produto de esquema criminoso de desvio de recursos públicos para o combate à Covid-19 em Roraima. Aliás, a mesma doença que Bolsonaro continua dizendo que " está sendo super-dimensionada", apesar dos mais de 152 mil mortos. Como se vê, em termos de desgraça, despreparo, crise institucional, desmandos e mentiras, poucos governos têm sido tão sujos como o de Bolsonaro. 

CAMPANHAS PARECIDAS

Guardando as devidas proporções, a campanha presidencial nos EUA se parece um pouco com as municipais por aqui. Isto porque, tal qual o presidente Donald Trump, que jogou mais de US$4 trilhões em pacote de bondades para deputados, senadores, etc., vários candidatos a prefeito ainda se mantém vivos (principalmente aqueles que disputam a reeleição ou fazem apoio declarado e escancarado para seus candidatos) por causa da grana derramada, esparramada e desviada para sua própria campanha ou de seus vereadores, etc. 

VAGABUNDOS!

 Esta será uma das formas mais amenas que poderemos adjetivar políticos que votem a favor de algo parecido com uma contribuição sobre movimentações financeiras (tipo CPMF), caso o governo encaminhe e ressuscite mesmo mais um jeito de achacar o povo que trabalha, contribui, sustenta e leva nas costas todo o país, inclusive, esta coisa ruim, perdulária e sem muito sentido que é o político brasileiro cuja maioria costuma votar naquilo que lhe interessa. Aliás, nos moldes e tais quais ministros de tribunais de 'justiça' que costumam soltar outros vagabundos e corruptos - e até assassinos e traficantes - como acontece com uma frequência tão grande e indecente como a que elege e nomeia gente para os Três Poderes.

SEM EQUÍVOCOS

Tem gente dizendo que o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), se equivocou ao conceder habeas corpus a André do Rap, um dos mais perigosos criminosos do País, colocando o traficante para voltar a matar milhares de pessoas mundo afora (se bem que preso não tenha perdido esta condição). Outros também concordam que ele tem razão ao dizer que " um processo não deve ser visto pela capa e sim pelo conteúdo". Particularmente, não considero equívoco nenhum deste já conhecido ministro que, nas mais de três décadas, julgou muitos processos assim, pensando muito mais em conteúdos, supostamente, naqueles que sua ação pode render.  Portanto, tanto Marco Aurélio, como vários colegas de "supremo", mantêm extrema coerência ao soltar corruptos, assassinos, estupradores, traficantes e tantos outros que " merecem análise de conteúdo".

PRA COMEÇAR A SEMANA

 Resultado de eleição, só acredito depois da apuração e divulgação OFICIAL. Mesmo assim, há controvérsias, diria antigo personagem da TV (que não é o Trump).

CÂMARAS DE TERROR

 Certa vez, alguém comentou com Tancredo Neves ( à época candidato a presidente da República) que " o Congresso Nacional era muito ruim", referindo-se ao nível de deputados e senadores. No que ouviu do político mineiro: " Isso porque você não viu ainda o próximo"! Já que estamos em tempos ( difíceis) de campanha eleitoral, para escolha de vereadores, qualquer comparação com as câmaras municipais NÃO terá sido mera coincidência.

NA MÃO

Há várias semanas tentando agendar, pelo site ou pelo telefone do Detran, o recebimento do documento do veículo ( CRLV), cheguei a, pelo menos, duas conclusões simples: é impossível ou existe algum mistério o qual foge de nossa vã filosofia. Para um governo que acabou com a vistoria obrigatória - algo que nos entusiasmou muito pois era uma coisa meio duvidosa em termos de eficácia e por diminuir dúvidas há décadas existentes -, e prometeu, inclusive, entregar o documento via Correios, chegar a esta situação de insegurança, pois nunca se sabe quando as autoridades o pedirão, é mais um dos grandes problemas para o cidadão fluminense de bem.

VAI DAR BODE

 

Quando políticos, ministros e juízes se reúnem em Brasília, numa segunda-feira à noite, para comerem guisado de bode, com o intuito de " serenar os ânimos e pedirem desculpas mútuas", pode crer, vem coisa ruim por aí. Como sempre, vai dar bode pra população pois esta turma nunca - ou quase nunca - coloca os interesses do País em primeiro lugar. Ela pensa, sempre - ou quase sempre - em se locupletar de tudo que o cargo, o mandato e, claro, o dinheiro pode alcançar. Regado ou não à guisados, lagostas, vinhos caríssimos, champanhes e tudo o mais que os recursos públicos podem comprar pois, para eles, o que vale é continuar a "farra do boi"(com abóbora), o "meu pirão primeiro", o "Mateus, Mateus,..." e com as "boas intenções" cujo inferno está cheio.

PRA COMEÇAR A SEMANA

 Ainda dá tempo. Até o dia 15 de novembro ( 1° turno das eleições), o eleitor deve analisar muito bem quem são os " caras" e as "caras" que querem seu voto. O que pretendem caso eleitos, o que fizeram ( no caso daqueles que já exerceram - ou exercem - mandato) e, principalmente, se têm vida ilibada e passado limpo (sem condenação final pela Justiça). Se possível, até sem " cheque devolvido por falta de fundos". Aí, sim, esses caras merecerão levar o voto e garantir o direito de trabalhar pela população.