quarta-feira, 29 de maio de 2019

DESTINO DA RÁDIO

O rádio brasileiro volta a ficar mais pobre. A mesmice de sempre, além  de uma inútil caixa de ressonância chapa branca, local para rasgação de seda ou alimentar fogueira de vaidades. Mas não foi só pela morte de um dos maiores comunicadores de todos os tempos, como o Ricardo Boechat, da Band News, que faleceu em acidente aéreo recentemente. Agora, foi a vez da censura se manifestar da forma mais vil e perigosa num veículo de comunicação, ao demitir um outro " monstro  da latinha", Marco Antonio Villa, muito provavelmente, por suas posições duras e coerentes contra as coisas que julgava erradas, entre elas, do governo Bolsonaro e alguns de seus protagonistas ou gurus, como os ministros das Relações Exteriores e da Educação e de um filósofo que vive nos EUA. Como acaba de fazer a Jovem Pan.Tanto uma perda, como outra, guardadas todas as proporções, deixaram um grande vazio para milhões de brasileiros que, ao ficarem sem ouvir o contraditório com tanta propriedade feita pelos dois, muito provavelmente, deixarão de ouvir verdades nas manhãs de segunda a sexta-feira que voltarão a ficar pobres. A mesmice de sempre.

SEM REFORMA

Pergunta que não quer calar: a Reforma da Previdência sairá? SIM, diz a maioria dos experts porque grande parte da mídia quer; a população acredita que é necessário para a volta dos investimentos e tapar o rombo da roubalheira que é enorme e o toma lá dá cá surgirá, como sempre, mais intensamente e às escancaras. Mas será aprovada e justa? NÃO, dirão os mais realistas, acostumados a ter um País de abissais diferenças e culturas onde na briga do peixinho e do marisco com o mar sabemos o que acontece. O rochedo, no  caso, o Centrão - mais também o Direitão  e o Esquerdão -   e outras categorias, políticas ou não, "especiais" ou não, sairão ilesos e intactos, sem contribuir ou deixar que mexam em seu pirão. Afinal, dizem eles, democracia é assim : "existe quando nós determinamos o que é bom para o povo. Entretanto, se determinarem o que devemos fazer é ditadura.  Ou anarquia".

MALES DO BRASIL

A todo momento se diz que os maiores responsáveis pelos principais problemas do País são os políticos. Até o presidente Bolsonaro, que é um deles há mais de 30 anos, falou isto dia destes. E é verdade mesmo pois um cara, ao ser eleito, por exemplo, vereador daquele pobre e longínquo município, logo começa a trilhar o caminho do compadrio, da imoralidade, do corporativismo, do peculato. Do toma lá dá  cá e da roubalheira, sem falar nos milhões e milhões de reais, inutilmente, gastos, para manter suas mordomias e de suas famílias como vem sendo denunciado agora através das redes sociais que a todo momento mostram quanto se gasta com salários e aposentadorias de deputados e senadores, ativos, inativos ou mortos, planos de saúde  vitalícios,  etc. (tem, ainda, o STF, tanto quanto "corrompido" pelas mazelas nacionais). Com raríssimas exceções, esta classe de gente, quase sempre, desqualificada e sem compromisso com a coisa pública (que pense no público, de fato) nunca faz algo que preste. Por mais que nos esforcemos, difícil encontrar projetos importantes, sérios e duradouros que tenham modificado a vida dos cidadãos. Para melhor. Mas para não dizer que esta turma nada ou pouco faz - o que não deixa de ser uma grande verdade - , o Congresso, num daqueles momentos de rara lucidez, aprovou o fim da cobrança de malas despachadas pelas companhias aéreas e a manutenção dos 22 ministérios que corria sério risco de caducar, levando à volta dos 29 dos governos anteriores.

PAÍS LOTEADO

Tem gente por aí,  principalmente, pessoas que fazem parte do grupo do " quanto pior, melhor", dizendo que a eleição de Bolsonaro dividiu o País.  Tirando a turma referida acima e os outros segmentos que têm os mesmos interesses pessoais com o insucesso do governo - e da maioria deles, seja nos estados, seja nos municípios - aliás,  qualquer um que se baseie na vontade expressa nas urnas, todos sabem que o Brasil está dividido faz tempo. Certo ou errado, esta forma de se fazer e pensar em democracia ( que é muito ruim mas ainda é o melhor que temos) deveria apontar numa mesma direção que é um País de menos desigualdades sociais, que passe por reformas urgentes, necessárias e profundas e onde não se roube tantos "dinheiros públicos", divulgado ou não "pelas mídias". Mas como tudo isto está bem longe de se tornar realidade, as desigualdades permanecem, as reformas sem viés, ideologia, interesses pessoais, toma lá dá cá e tantos outros métodos nocivos prevalecem, a roubalheira continua, todos trazendo consigo as divisões, estados rebelados ( como a maioria do Nordeste) além das manifestações meio sem sentido como as dos dias 26 e 31 onde pretendeu-se (em parte se conseguiu) mostrar o desejo de boa parte da população por mudança na forma de agir e no caráter das instituições mas que deve ser apenas um tiro no pé ou saindo pela culatra pois, gostemos ou não, a própria classe política e a Constituição estão por trás, ao lado, na frente e a proteger as desigualdades, as divisões e a roubalheira que reina em cada canto de um País loteado e entregue às "criminalidades". E às facções.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

PRA COMEÇAR A SEMANA

Tem muito tiro saindo pela culatra por aí.

domingo, 19 de maio de 2019

PRA COMEÇAR A SEMANA

A Câmara Federal, principalmente, o "Centrão" de Rodrigo Maia, está com o dedo no gatilho disposto a atrapalhar o governo Bolsonaro. Até o decreto da posse e do porte de armas pode cair.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

BALA NA AGULHA

Tem muita gente com o pescoço na guilhotina e com a língua queimada quando trata-se de analisar os primeiros quatro meses do governo de Jair Bolsonaro, aquele que prometia " revolucionar", mudando tudo que estava política,  ideológica ou até constitucionalmente errado, e aprovar leis - ou baixar medidas provisórias-  como, por exemplo, a do porte e da posse de arma para cidadãos de bem; rever a Lei Rouanet; isolar a mídia tendenciosa; abrir a caixa preta do BNDES; criar novos impostos para os muito ricos; socorrer endividados ( rever a alta carga tributária) e aos empresários,  de imediato, para gerar empregos; diminuir o número de ministérios; acabar - ou diminuir - com a velha política ( toma lá dá cá); dar total apoio total aos superministros Moro e Guedes; extinguir a TV estatal (NBR); deixar as investigações (do tipo COAF) cortar na própria  carne,  se preciso for, etc. Mas é bom "já ir se acostumando " pois, da cabeça e da cúpula dos ministérios, deverão sair mais coisas bem na contramão das promessas de campanha.  Apesar do pouco tempo, têm sido muitas as denúncias ( possível laranjal familiar), falas despropositadas, demissões/convites pra deixar o governo, " fiz que ia mas não fui" e outras atitudes, no mínimo, curiosas que quem apostava em algo, radicalmente, diferente do habitual já começa a se arrepender. Mas nem tudo está perdido, uma vez que todas as esperanças recaem nos contingencionamentos e nas reformas ( pelo menos na da Previdência) que Bolsonaro e seus aliados dizem ser a solução de todos os problemas. E, mais, porque milhões de brasileiras e brasileiros continuam torcendo e acreditando que pior do que estava não pode ficar. Tampouco, voltar a ser igual aos últimos 20 anos de corrupção que reinou nos braços criminosos do PT.

PROMESSA INDECENTE

Não que o juiz Sérgio Moro não tenha todos os predicados e qualificação profissional para ser um dos indicados ( devem ser dois) do presidente Bolsonaro para ocupar vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O problema está no fato de a revelação ter sido feita logo nos primeiros meses em que ele vem tentando moralizar e dinamizar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, podendo caracterizar uma possível barganha e, até, servir de " munição" para os adversários do governo e do País. O momento requer muita cautela pois, estes inimigos do Brasil, querem que, indiscutivelmente, o maior nome do staff presidencial perante o mundo do crime e da própria imprensa internacional deixe de desempenhar sua função para qual foi convidado por aquele que prometeu combater a corrupção e o toma lá dá cá, aliás, coisa que o convite parece evidenciar num momento em que o governo - e os seus principais artífices e protagonistas - precisa de calma, muita calma, para tentar recuperar o tempo perdido e os milhões e milhões roubados.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

TEMPO DE GENERAIS

Antigamente, não muito antigamente, no tempo dos "generais" pra ser mais preciso, nem o Congresso, nem um presidentizinho de (#€#$@) como o da Câmara, chamado Rodrigo Maia, nem o tal de "centrão" que ele diz liderar ficariam impunes - livres, leves soltos  e com aquele ar de cinismo - à tentativa de destruir o País em nome de seus interesses pessoais e da velha política. No mínimo, iriam ter de abandonar, rapidinho, de uma forma ou de outra, a prática perversa, nefasta e desumana de matar milhões de brasileiros de fome, pela ignorância e pelas mãos da criminalidade, pelo desemprego, por falta de atendimento digno nos hospitais e tudo mais que a corrupção, mantida por eles, tem produzido no Brasil, principalmente, nas últimas três décadas de um apagão moral e sem precedentes. E foi pensando em eliminar do cenário nacional esse tipo de gente e dessa forma de fazer política que milhões de eleitores preferiram, até, voltar ao tempo dos "generais" onde a coisa, se não era perfeita - e não era mesmo - , pelo menos não permitia o prevalecimento do caos , da falta de ordem e progresso e uma roubalheira que parece nunca ter fim.

domingo, 5 de maio de 2019

EXPECTATIVA X REALIDADE

Eu e milhões de outros eleitores, bem intencionados e, principalmente, contrários à ideologia e práticas petistas, que apoiamos Bolsonaro, sabíamos que ele era "fraquinho " e não conseguiria emplacar suas ideias, tampouco, encarar o toma lá dá cá,  a corrupção e tudo mais que faz parte da cultura nacional há muito. Os primeiros quatro meses de governo vêm mostrando que a expectativa e a realidade são muito diferentes e que o buraco é bem, bem mais embaixo. A suposta necessidade " urgentíssima" de Reforma da Previdência e outras super-estruturantes como a eleitoral, política e a tributária, mostram que o presidente e sua equipe terão muitos problemas pela frente e o afastamento da população são inevitáveis. Portanto, o crescimento do grupo dos insatisfeitos e, até,  das oposições são apenas uma questão de tempo provocados pela fraqueza do presidente, da interferência constante dos palpiteiros, como sua própria família, a começar pelos filhos, especialmente, o tal do 'Carluxo' e da incapacidade de cumprir com aquilo que prometeu no palanque, qual seja, diminuir a criminalidade e a corrupção, gerar mais empregos, manter a economia sob controle, dar ao cidadão o direito à defesa, acabar com os privilégios nos Três Poderes e tantas outras mudanças que significariam mais esperança e dignidade para todos os brasileiros. Têm, ainda, o esfacelamento do staff presidencial e o abandono da base aliada que, ao que tudo indica, ocorrerá muito em breve levando ao fim o governo natimorto de Bolsonaro que foi sustentado pelo falso slogan de um Brasil Acima de Tudo e ........... (nos negamos a colocar Deus nisso).

TEMPORADA DE CAÇA

Num país que parece só pensar em política pois, de dois em dois anos - fora os interstícios - somos obrigados a escolher "representantes" ( com a opção de não votar em ninguém,  beneficiando aos infratores), pode-se dizer que já está aberta mais uma temporada de caça. Diriam, alguns, caça aos patos. Muitos detentores de mandatos, no caso, prefeitos cumprindo o seu primeiro ( também  conhecido como meu pirão), recomeçam as tradicionalíssimas batalhas de reunir o maior número de partidos, fazer nomeações, indicar apadrinhados de "aliados", diapensar limitações,  aditar bons e rentáveis contratos, chamar ex-adversários pra perto, enfim, fazer o diabo para continuarem sentados numa cadeira e com uma caneta que costumam ser bem poderosas  Mas têm ainda os vereadores,  conhecidos como mercenários e por enfiarem a faca no pescoço nos alcaides e dinheiro no bolso, tão ávidos quanto seus "chefes", para continuarem por pelo menos mais um período com a opção de, dependendo do colégio eleitoral, alçarem voos mais altos como assembleias ou até Congresso Nacional, configurando mais uma prática comum num país que parece viver e respirar somente eleições. E, claro, uma grande corrupção causada por coisas assim.

PRA COMEÇAR A SEMANA

"Se pudesse decidir se devemos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último." Thomas Jefferson - Presidente dos EUA entre 1801 e 1809.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

SÓ MUDAM AS MOSCAS

Esta parte do provérbio português retrata muito bem a política praticada em  (quase todo) nosso País  porque, por mais que se fale em mãos e fichas limpas para candidaturas eleitorais; fim do nepotismo, do corporativismo, da imunidade e da impunidade; em acabar com o toma lá dá cá; renovação do Congresso ( por conseguinte, assembleias e câmaras), etc., as fezes continuam sendo as mesmas. Ou seja, apesar do esforço das redes sociais, das manifestações populares, de parte da mídia que procura agir sem o perigoso patrulhamento ideológico, todas as tentativas têm sido em vão pois foram, são, ou serão,  praticadas por pessoas contaminadas e que cheiram mal, como, por exemplo, empresários,   juízes e demais autoridades e agentes públicos e, principalmente, por políticos acostumados, quase todos, a receber vantagens e mais vantagens para continuar nos enganando, roubando e mantendo o status quo.  Entre os muitos motivos estão o eterno jogo de interesses pessoais, a corrupção praticada em todos os níveis, a falta de patriotismo e de amor ao próximo, claro, porque trata-se da natureza humana (resistir ao " canto da sereia" é  tarefa das mais difíceis) e da matéria prima da maioria desta classe vil, rastejante e desqualificada. E, neste ponto, nem deveria ser comparada aos excrementos, estes, sim, de certa maneira, importantes para a natureza, bem diferente dos políticos que têm muito pouca utilidade para o bem comum. Quase nenhuma. Sendo assim, enquanto for possível se fazer promessas sem qualquer critério ou compromisso; existirem leis que beneficiem infratores, ladrões e vagabundos; permanecer o corporativismo escancarado praticado pelos corredores das instituições públicas; houver crescimento de um patrimonialismo que, quando é  punido, não é feito com rigor; a meritocracia dando lugar à cleptocracia e, principalmente, enormes injustiças sociais e culturais, o Brasil continuará a ser um País de m.... onde as moscas circulam livres e soltas de um lugar para o outro, sequer, sem serem molestadas ou combatidas com eficácia.
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