quinta-feira, 30 de agosto de 2018

LIXO DA HISTÓRIA

Finalmente, sem trocadilhos (se bem que não faltam motivos pra isso nos últimos tempos), o cadáver ambulante, disfarçado de presidente da República, Michel Temer, resolveu fechar a tumba de seu governo. Ele acaba de sancionar o reajuste para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovado, por eles mesmos, no início do mês, levando a um caos, ainda maior, para o próximo chefe do Executivo em se tratando de gastos quase incontroláveis - se é que num governo como este, sem nenhum planejamento ou preocupação com o futuro da Nação isto seja relevante - já que o aumento de 16,38% representa um gasto aproximado de R$8 bilhões no orçamento do próximo ano e mais um grande efeito cascata porque, do Congresso Nacional até as câmaras municipais, todos engordarão suas já polpudas e injustificáveis contas bancárias. Mas justiça seja feita. Na votação do dia oito, em sessão administrativa do STF, votaram CONTRA a presidente Carmem Lúcia e os ministros Celso de Mello, Edson Fachin e Rosa Weber por entenderem que vive-se uma grave crise de desemprego, a maioria, que ainda está empregada, ganha mal e seus vencimentos não são tão ruins assim, referindo-se aos seus salários que, sem os penduricalhos, chegam a R$33.700 e, a partir de 2019, chegarão a quase R$40 mil. Nada mal, levando-se em conta que muitos têm negócios, ops, digo, atividades paralelas (né, Gilmar Mendes? que votou A FAVOR do reajuste - e do rombo aos cofres e escárnio ainda maior aos 205 milhões de brasileiros - ao lado dos colegas Alexandre de Moraes, Marco Aurélio de Mello, Dias Toffoli (petista que assume o supremo em 13 de setembro), Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

DEPRESSÃO À VISTA

Dados estatísticos vêm comprovando que a depressão é, mesmo, o mal deste século e existe uma epidemia da doença que já atinge cerca de 10% da população mundial, inclusive, apontando para um triste crescimento. A coisa tem se agravado tanto que até algumas de nossas estradas sofrem, têm sinalizado e alertado para o cuidado com ela, como é o caso de uma existente no município de Quissamã, no Estado do Rio de Janeiro. Brincadeiras à parte - que ajudam a levantar o humor e o astral nas horas difíceis - mas o fato é que a situação em nosso país é particularmente ruim: um levantamento realizado pela americana Universidade de Harvard em 18 localidades mostra que a prevalência de depressão no Brasil é a maior entre as nações em desenvolvimento, com um total de 10,4% de indivíduos atingidos. E a taxa de mortes relacionada a episódios depressivos (incluindo suicídios) aumentou 705% por aqui nos últimos 16 anos, segundo pesquisa realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Convém deixar clara a diferença entre depressão e tristeza. A primeira é uma doença, marcada por sentimentos de prostração, perda de interesse e prazer, culpa, baixa autoestima, distúrbios de sono e na alimentação, cansaço e déficit de concentração. Embora os médicos não conheçam em detalhes os motivos do início de uma crise - tampouco o que acontece direito no cérebro deprimido -, o quadro tem diagnóstico e tratamento. Portanto, não dá para caracterizá-lo como falha de caráter ou falta do que se preocupar. Ainda há muito estigma, e isso só prejudica a melhora do paciente, dizem diversos profissionais da área. Na contramão, a tristeza faz parte da natureza humana. Ela é uma das formas como expressamos o colorido das emoções. O problema começa quando esse sentimento paralisa e impede que a vida siga em frente. Por isto, é importante que, caso sejam verificados sinais de depressão, pela própria pessoa ou por familiares - outros grandes aliados no processo, - (o estresse pode ser um deles mas tem de se verificar outros possíveis componentes entre eles abalo psíquico/ profundo sentimento de perda, bem como abuso em álcool, tabaco e outras drogas), se procure um profissional que poderá fazer uma avaliação prévia, um posterior diagnóstico e, dependendo do grau do transtorno, o tratamento mais apropriado que pode incluir, ainda, sessões terapêuticas que são outra forma eficaz de auxílio para quem deseja reaprender a lidar e conviver com as situações difíceis que aparecem pela frente, se desvencilhar da depressão para abraçar a vitalidade. Mas, lembre-se, amor e carinho são essenciais para que tudo dê certo e os problemas na "estrada da vida" sejam, devidamente, reparados.

A RJ-196, no trecho que liga a BR-101 a Quissamã, alerta para a "depressão"

DITADURA NA TV

A maioria das entrevistas com os presidenciáveis na TV tem mostrado que o objetivo é muito mais de massacrar do que permitir- lhes apresentar suas propostas. O que vêm fazendo, por exemplo, os apresentadores do Jornal Nacional - cujas perguntas a Ciro Gomes e Jair Bolsonaro indicam, claramente, fortes tendências e preferências por candidatos do "centrão" e, pasmem, até do "partidão" e do PT que sempre deram à Globo muitas supervantagens - também mostra a intenção deliberada de mudar a votação que os dois terão no dia sete de outubro, levando a um segundo turno quando, quem sabe, podem surgir coligações e apoios que contrariem interesses. Principalmente, Jair Bolsonaro que, mais uma vez, foi atacado covarde, editorial e ditatorialmente - aliás, no plano de uma mesma ditadura ao qual aquela emissora se acostumou desde quando seu "dono", Roberto Marinho, fez pactos com os militares para atingir os muitos objetivos e agora os empregados tentam omitir e negar - mas que não pode se defender porque " o tempo acabou, as regras com os assessores não permitem a apresentação de documentos", etc. Deve ser por estas e outras que vem se discutindo a eficácia e qualidade de sabatinas e entrevistas nos moldes do JN para candidatos à frente do processo pois a experiência mostra que quando se pratica o mau jornalismo (aquele que diz que quando você bate é democracia e quando você apanha é ditadura) só quem pode perder é um candidato melhor colocado nas pesquisas, no caso, Jair Messias Bolsonaro, ao qual vêm sendo feitos ataques, alguns improcedentes e, outros tantos, sem direito de resposta como fizeram, até o momento, repórteres, comentaristas e apresentadores da Rede Globo.

LIDERANÇAS FAJUTAS

O senador Romero Jucá, do MDB, acaba de deixar a liderança do governo. Até aí, nada demais pois ele e seu partido são useiros e vezeiros em abandonar " barcos -, principalmente, quando estão afundando ou prestes a ( como o atual de Temer e cia)- partidos e até lideranças. No Brasil, de norte a sul, em todos os municípios e em todas as esferas, faz parte da cultura política a prática de corrupção, do toma la dá cá e métodos como estes praticados por políticos como Jucá que, egoísta e malandramente, se apropriam dos governos para deles usufruírem do muito que estes costumam lhes proporcionar para atender interesses pessoais. E dos seus. Enquanto os atuais métodos continuarem a circular livres, leves e soltos por gabinetes e corredores de políticos, haverá " líderes" dispostos a qualquer coisa para se dar bem. Pelo menos, enquanto a ordem for rica, as tetas estiverem cheias de benefícios - pra eles - e a casa continuar pertencendo à mãe Joana. Assim, líderes e liderados permanecem unidos para roubar a Nação.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

POLÍTICA SUJA

A coisa vai de mal a pior, pelo menos, para os bem-intencionados políticos que, em plena campanha e com pouquíssimo tempo, ainda tentam mudar o que a maioria da população pensa sobre eles. Que são corruptos, fazem pouco pela população e só dão despesa para o País. Faltando, praticamente, um mês para o primeiro turno (a eleição acontece no dia sete de outubro), o número de indecisos, pessoas que pretendem se abster, votar nulo/ branco ou, pior, as opções que se apresentam no cenário  encontra-se no mesmo nível, isto é, crescendo cada vez mais geografica e progressivamente. O envolvimento de muitos candidatos com crimes dos mais variados ( a Ficha Limpa e os julgamentos pelos tribunais carecem de muito aprimoramento, celeridade e eficácia, basta ver o exemplo de Lula) deixam os graves tumores à mostra e a convicção de que ou eles são extirpados - sem essa de "castigo" provisório vindo da tal da inelegibilidade por x anos) para sempre ou a população continuará se afastando do processo, trazendo como consequência a perpetuação da espécie e o avanço da doença. 

À FORÇA

Dia desses assisti a uma discussão sobre a atuação, o envolvimento das Forças Armadas, bem como sua intervenção na guerra em que vive-se no Rio de Janeiro. Enquanto alguns- aliás, muito poucos - tentavam argumentar que esta não era sua função constitucional, a maioria julgava a participação da única força capaz de eliminar, pelo menos a médio prazo, o perigo maior para uma sociedade que é o criminoso, o soldado do tráfico e o inimigo da Pátria (como são os bandidos cariocas e os outros milhares espalhados pelo País) como um dos caminhos para se ver assegurados direitos constitucionais para humanos direitos. A cada dia fica evidente que ninguém aguenta mais viver assim, vendo de um lado uma bandidagem super bem-armada e disposta a tudo, do outro, nós, seus reféns e ainda, uma terceira via, os profissionais treinados, pagos com dinheiro público, ganhando salários não tão ruins assim, à espera de uma declaração oficial de guerra que começou há décadas mas que membros dos direitos humanos,  esquerdopatas e outros imbecis querem que continue sendo vencida pela bandidagem. Discussões como estas têm se tornado frequentes, inclusive, por estarmos em plena corrida eleitoral onde aparecem, desde uma opção voltada para o uso da força e da defesa do Brasil e de seu povo a qualquer custo até outros que querem deixar tudo como está, com a guerra sendo ganha pelos " pobres coitados" que matam, roubam, desviam recursos públicos, traficam drogas e influência, manipulam a população, etc.

FEITIÇARIA BRABA

Se as pesquisas de opinião, que objetivam saber quem são os melhores colocados na corrida ao Senado (lembrando que estão em jogo duas vagas por estado), não estiverem equivocadas - o que duvido - e sem  manipulação - o que não acredito - muitos dos atuais senadores continuarão a representar seus estados ano que vem. Mesmo com muitos deles envolvidos na Lava Jato e sendo acusados por outros crimes contra o erário cometidos quando exerciam cargos públicos, parece que a população ou não acredita na Justiça - que vem se esforçando no combate à corrupção -  é muito ingênua ou os currais eleitorais, em pleno século 21 e com toda a penetração e atuação das redes sociais, continua fazendo seus estragos na vida nacional. Ver os resultados apontando, por exemplo, para uma possível vitória de Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho, Eunicio de Oliveira ( atual presidente), são exemplos claros que a maioria bebeu mesmo da água "enfeitiçada" a mando de um rei louco e que é necessária uma "limpeza" institucional profunda e séria.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

PRA COMEÇAR A SEMANA

Quartel de Abrantes: Viva o Dia do Psicólogo! (27 de agosto)
Aí , se faz encontros e mais encontros para tratar de assuntos sérios e problemas enfrentados por profissionais de determinadas categorias. Aí, no day after ,volta-se para o ambiente de trabalho e vê-se que, na prática, fica quase tudo como dantes.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

PRA QUEM SABE LER

A cultura nacional, em muitos aspectos, aponta para mudança "desde que não mude nada". Na maioria das vezes, é isto que acontece na política quando se pretende renovação mas, após os resultados, o que se vê são os mesmos voltando, continuando, no máximo sendo trocados por parentes, etc. Fala-se muito por aí na necessidade de o país ser passado a limpo, acabar com a corrupção, mudar as leis, entretanto, com o início do processo eleitoral, oportunidade para que a vida da maioria da população melhore, de verdade, tem-se uma forte tendência à abstenção, ao voto nulo, em branco, enfim, à indiferença e pouca importância pelo pleito. Aí, os corruptos, antipatriotas, políticos inescrupulosos que defendem os interesses pessoais bem acima de tudo e torram o dinheiro público sem o menor pudor são (re)eleitos com o que "sobrou" nas urnas. Se existem motivos e responsáveis para o que vem acontecendo no Brasil nas últimas décadas, estes são "os analfabetos políticos que não ouvem, não falam e não participam dos acontecimentos. Eles não sabem o custo de vida...", como dizem que Bertold Brecht um dia escreveu.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

MAIS EXPECTATIVA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, recentemente, pesquisa que apontou o crescimento de quase 20% da população com mais de 60 anos entre 2012 e 2017. A nível nacional, os dados indicam, ainda, que ao manter esta tendência de envelhecimento dos últimos anos, ganhou cerca de 5 milhões de idosos desde 2012, superando os 30 milhões do ano passado. Em 2012, os brasileiros nesta faixa etária (com 60 anos ou mais) eram 25,5 milhões. As mulheres são maioria expressiva neste grupo, com aproximadamente 17 milhões, enquanto os homens idosos são 13 milhões. Segundo os especialistas e os que alcançaram esta fase da vida (que por pouco ainda não é o nosso caso), o crescimento vem ocorrendo por vários fatores. Em primeiro lugar, pelo aumento da expectativa de vida da população - as pessoas estão vivendo mais até pela melhoria da questão do saneamento básico e nos tratamentos de saúde disponíveis - detalhe aliado às mulheres. Elas estão tendo menos filhos, verificado nos últimos anos pela redução da taxa de fecundidade. Em seguida, vêm outros fatores como a informação - a boa, a verídica, a confiável, claro - vinda das redes sociais e até das TVs - as boas, as verídicas, as confiáveis, claro! e isto contribui para que as pessoas, nesta e em todas as idades, procurem viver mais e melhor.

ABSURDOS ELEITORAIS

São tantos os absurdos relacionados à campanha eleitoral em curso que fica até  difícil eleger o maior deles. Pessoas que conseguiram escapar da Lei da Ficha Limpa, com ou sem mandato, colocam seus nomes para serem (re) avaliados nas urnas. Tirando o hours concours que foi o PT ter registrado a candidatura do prisioneiro Lula da Silva, certamente, a de sua grande companheira, a também ex-presidente, Dilma Rousseff, como aspirante ao Senado, por Minas Gerais foi, talvez, aquilo que se pode chamar de acontecimento o mais  incrível, estranho, inusitado e ridículo de todos os tempos, caso estivéssemos num país sério. Vê-la no processo chamado "democrático" com grandes chances de vitória (segundo pesquisas de opinião) após ter sofrido o impeachment por ter cometido vários crimes e, mesmo assim, gozando de todos os direitos políticos, é algo que dificilmente iremos entender e aceitar. Uns dizem que as razões para tantos absurdos como estes é porque somos uma " jovem democracia". Outros, que tem muita corrupção enraizada, muito dinheiro em jogo, etc. Mas prefiro acreditar que isto acontece porque grande parte da população não sabe é votar. 

PRESODENCIÁVEL

Com o intuito de analisar as melhores propostas dos candidatos, respirei fundo e concentrei forças para tentar ler o Plano Lula de Governo ( lançado esta semana) com o máximo de isenção possível. Tentei, ainda, esquecer - pelo menos até onde a paciência permitiu -  um pouco dos mais de 13 anos em que o Partido dos Trabalhadores (PT) mergulhou o País numa crise sem precedentes e o que a "companheirada" fez ao desviar dinheiro público, notadamente, através do Mensalão, Petrolão, dos grandes acordos com as empreiteiras que promoveram grandes contrapartidas para beneficiar o líder maior, Lula da Silva (desde o dia 15, candidato ao cargo político mais importante, apesar de estar " preso" em Curitiba por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa), consequentemente, sua  inclusão na Lei da Ficha Limpa, o processo do impeachment do poste Dilma, as muitas trapalhadas do ex-aliado e sucessor PMDB de Temer e Cia, etc. Mas não deu. Ficou claro que o líder da organização e seus asseclas elaboraram um plano revanchista contra a Justiça e contra a própria mídia; pretende ganhar tempo; criar uma anarquia constitucional e, no final, tentar emplacar um plano B objetivando transferir votos, no prazo mais final que a lei eleitoral permita e, aí, malandra e desesperadamente, fazer os muitos incautos e os pouco bem intencionados e que ainda acreditam ter vivido "dias de glória no Brasil" com o aquecimento na economia ( mas a bolha estourou; são 14 milhões de desempregados, sendo 5 que quase a metade deles nem procura mais trabalho; milhões de pessoas no SPC/SERASA - que um candidato diz que vai zerar se eleito - votar em mais um poste, o ex- prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que terminou seu governo com alto índice de rejeição, aliás, no mesmo patamar do padrinho político Lula, o campeão neste quesito segundo várias pesquisas. Ler aquelas propostas, que mais parecem voltadas voltadas para inocentar Lula e desacreditar as instituições brasileiras, sem levar em conta o histórico pessoal do "presodenciável" e as más atuações de governos petistas, é tão ou mais difícil que vê-lo estar nos debates e nos paineis de votação no próximo dia sete de outubro.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

PRA COMEÇAR A SEMANA

O Brasil só vai melhorar, de verdade, quando acabar a cultura do "eu quero
 mudança, desde que não mude nada". E, claro, o toma lá dá cá.

domingo, 12 de agosto de 2018

PRA COMEÇAR A SEMANA

Na administração pública, tem gente que ainda não entende a diferença entre os anéis e os dedos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

PEQUENO PRETÓRIO EXCELSO

O brasileiro de bem, aquele que ainda acredita nas instituições, principalmente, no Supremo Tribunal Federal como guardião da Constituição, capaz de promover a justiça em sua plenitude, bem como dar bons exemplos de responsabilidade, patriotismo e maturidade ao julgar e agir em prol da população, não tem tido motivos para vê-lo tanto assim. Os últimos acontecimentos polêmicos, estranhos mesmo, envolvendo muitos de seus ministros, como os intermináveis habeas corpus de Gilmar Mendes; as justificativas 'injustificáveis' - sob o ponto de vista do entendimento e desejo da maioria - de Marco Aurélio; as 'teses governistas de Alexandre de Moraes; a arrogância de Lewandowski, o decanato supremo até exagerado do grande Celso de Mello (lá e sobre eles qualquer trocadilho é insuficiente); o partidarismo vermelho e sectário de Dias Toffoli (ele assume a presidência dia 13 de setembro), e tantos outros tem levado quase à desesperança e perda de confiança naquela que é a mais alta instância do Poder Judiciário do Brasil e acumula competências típicas de Suprema Corte e Tribunal Constitucional. O Supremo Tribunal Federal, também chamado Pretório Excelso no jargão jurídico, é de vital importância para o Poder Executivo (a administração pública), já que cabe a ele decidir as ações que versem sobre a constitucionalidade das normas, as ações penais, nos crimes comuns contra o chefe do Executivo federal, senadores e deputados federais, aliás, coisas que não vem fazendo de maneira muito, digamos, republicana pois, num País que vive uma de suas mais terríveis crises, até a máxima do 'meu pirão primeiro' impera naquela Corte. Exemplo maior foi a sessão administrativa da última quarta-feira (8) que resolveu reajustar seus próprios salários e de todos juízes em 16,38% o que pode levar o atual salário de míseros R$33,7 mil a ultrapassar os R$39 mil ano que vem, causando um efeito-cascata no Judiciário com forte impacto nos três poderes, uma vez que servidores públicos que recebem salário acima dos ministros do STF, em razão de benefícios, são alvos do abate-teto. Com reajuste no salário do STF, o abate-teto sobe.
Justiça seja feita 1: a decisão ainda vai passar pelo Senado, mas alguém duvida que vossas excelências vão votar contra com as campanhas eleitorais em curso e as gavetas do STF e do TSE abarrotadas de processos de muitos dos candidatos e/ou aliados? 
Justiça seja feita 2: Votaram CONTRA somente os ministros Celso de Mello, Rosa Weber, Edson Fachin e a presidente Carmem Lúcia. O outros sete disseram SIM à canalhice e à imoralidade.
Sendo conhecedores das leis e dos problemas em que vivem milhares de cidadãos e cidadãs - algo em torno de 200 milhões de pessoas (corrupção institucionalizada, desemprego crescente, falta de recursos e de investimentos em quase todos os setores, necessidade de reformas, salários congelados - dos mortais, claro! -, índices recordes de violência, etc.), os ministros que votaram a favor deveriam se envergonhar de pedir aumento, inclusive pelo momento crítico e, principalmente, por estarmos no curso de uma campanha eleitoral visando eleger um novo presidente que tomará posse em 1° de janeiro com mais um grande abacaxi nas mãos - sem falar na batata-quente chamada Congresso Nacional faminto - que poderia ser evitado pelo STF, a quem caberia fazer a justiça maior nesta hora tão difícil do apagar das luzes do atual governo e da possibilidade de chegada de outro, espera-se, menos ruim, corrupto e parcial como este que aí está.

SEM VOTO

Pesquisas realizadas por alguns dos mais importantes institutos apontam que cerca de 30% dos eleitores brasileiros (dos quase 150 milhões) pretendem votar branco ou nulo em outubro próximo. Dentro da margem percentual -para mais ou para menos - bem como pelo que se escuta nas ruas, no trabalho, nos ambientes de descontração, etc, e se analisa nos debates feitos entre "experts", este índice poderá ser superado. A falta de perspectivas e, principalmente, a insatisfação pela classe política, somada à intolerância aos desvios praticados por ela, ainda devem fazer crescer outro grande sinal de alerta assaz perigoso: o das abstenções, muitas das quais quando o eleitor não faz nenhuma questão de dirigir-se a sua sessão eleitoral para " cumprir com o dever cívico". Aliás, coisa cada vez mais rara num país onde a malversação de dinheiro público, a cleptocracia, a maneira perdulária de governar, o nepotismo, as vergonhosas benesses aos agregados aos Poderes da República ( em todas as esferas) e o antipatriotismo são cada vez maiores. E como o povo, que um dia disseram não saber votar, vem aprendendo direitinho com os " professores" - presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores -, é bem capaz que no dia 7 de outubro a maioria opte em não votar, algo que, em condições normais, teria de ser uma atitude abominável num processo de aprimoramento democrático.

PROPOSTA INDECENTE

A senadora Ana Amélia, ao que tudo indica, acaba de se meter numa daquelas enrascadas políticas. Motivada, talvez, pela cobiça de seguir a trajetoria de outros presidentes que cederam lugar aos vices - ela aceitou compor na chapa de Geraldo Alckmin, apontado por delatores da Lava Jato com o codinome de "Santo", sem falar que, mesmo tendo feito uma daquelas " grandes e suspeitíssimas coligações" não deve lograr êxito pois a maioria da população não aguenta mais tantas coligações suspeitíssimas, corrupção e, evidentemente, tanta mesmice e o mais do menos. E a senadora gaúcha - com a qual troquei algumas mensagens há algum tempo e pude identificar como política insuspeita e, até, bem-intencionada - representa, neste momento, o mais do menos e a mesmice da política nacional a qual nenhum de nós parece tolerar.  Uma pena vê-la trocar uma quase reeleição ao Senado pela espinhosa função determinada por seu partido, o PP, de, ao tentar agregar valor, se submeter à possibilidade real - segunda pesquisas - de manchar sua imagem, seu nome e perder a disputa para candidatos menos envolvidos com escândalos como muitos dos políticos do PSDB, PP, DEM, PR, Solidariedade, PRB que hoje sustentam a "grande coligação", o Centrão, que quer derrotar a direita e as esquerdas do País. E a senadora Ana Amélia, ilibada, combativa e ex-independente que pode ter entrado numa fria daquelas.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

PRA COMEÇAR A SEMANA

Muito pior que os programas Roda "Morta" Viva, da TV Cultura, alguns da Globo News e outros do gênero que costumam ser tendenciosos, quando lhes convêm, são os de governo da maioria dos candidatos a presidente.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

RODA VIVA

Pra quem, como eu, já assistiu memoráveis entrevistas no Programa Roda Viva, da TV Cultura, a de segunda-feira, com o presidenciável Jair Bolsonaro, foi o que pode se chamar de uma tentativa de massacrar (que surtiu efeito contrário, segundo todos os experts em política) o candidato que, queiram ou não alguns, aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas de opinião onde não conste o nome do presidiário de Curitiba e Ficha Suja, Lula da Silva. Foi, também, a antítese do que devem fazer profissionais de comunicação, principalmente, ao lidar com quem tem propostas para o país (coisa que os 'convidados' não fizeram) que têm sido muito bem aceitas pela população. Mesmo que sejam elas controversas, mas é aí que entra a 'malandragem' do jornalista em explorá-las. Foi, e poderá ser, durante um bom tempo, uma aula da antiaula de jornalismo. O professor poderá exibir para seus alunos a cópia do DVD com o tal programa (se quiser eu empresto) e dizer a eles para, se forem convidados a participar de uma entrevista importante, ao vivo, que, inclusive, bateu recordes de audiência, deixarem impressões- e pressões - pessoais e paixões fora do estúdio pois aquela era uma oportunidade de ouro para todos perguntarem, por exemplo, sobre projetos de governo e ideias sobre segurança, saúde e educação. Coisa que os 'entrevistadores' - as meninas da Veja, do Valor e da Folha, além do menino do Globo chamado Leonêncio (Nossa Senhora!) - não sabiam ou não quiseram fazer. A todo momento tentavam buscar "explicações " de fatos que a História já se encarregou de mostrar (era só pesquisarem um pouco...como nos ensina o bom manual de jornalismo). Profissionalismo e lamentações à parte, Bolsonaro e sua legião de admiradores consideraram que houve, sim, uma inestimável colaboração dos jornalistas do Roda Viva porque se eles combinaram um massacre ao candidato, o tiro saiu pela culatra. Aliás, coisas que o deputado e capitão do Exército sabe lidar muito bem.


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

BRASIL SEM RATOS

Recentemente, entrei no mundo fascinante, incomparável, emocionante e mágico dos avós - aquele que ouvia-se falar que era bem diferente de outra maravilha chamada pai e mãe ("o avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes", como disse o Papa Francisco dia desses) - e, ao procurar desenhos através de plataformas de compartilhamento de vídeos para distrair uma das mais valiosas dádivas a nós oferecidas por Deus (o Youtube desempenha um relevante e quase imprescindível papel também nesta hora), deparei-me com um antigo mas que marcou nossa gerações: O Flautista de Hamelin (O Flautista Encantado, fábulas Disney). Nele, apesar das muitas versões criadas a partir da obra do irmãos Grimm, a fábula diz respeito, basicamente, a uma severa infestação de ratos na cidade de Hamelin (Alemanha) e o que o flautista - contratado pelo prefeito da cidade que vivia sendo pressionado pela população - fez para acabar com o problema, ou seja, tocou sua flauta encantada, hipnotizou todos os ratos, afogando-os no rio. Enquanto o netinho, aparentemente, 'se entretia' (o desenho é antigo e bem fora dos padrões atuais exibidos nos tablets, smartsphones e TVs da garotada) e, apenas para não perder o costume de comparar ficção com realidade, comecei a ver que aquela cena de acabar com os ratos, de extirpar o mal para proteger a vida dos cidadãos, se aplica à política nacional, à Justiça e à necessidade que o povo brasileiro tem em ter seu País de volta, sem tanta corrupção, tanto desmando, tanta coisa errada, tantos desvios sendo cometidos de todas as naturezas. Inevitável, também, pensarmos no que tem sido feito até agora (muito aquém do ideal, claro), por exemplo, com a retirada de circulação de alguns 'ratos' da política, como o ex-presidente Lula, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, ex-presidentes da Câmara federal, Eduardo Cunha e da Alerj, Jorge Picciani, sem falar nos muitos senadores, deputados, prefeitos, vereadores, conselheiros de tribunais de contas e outros ratos que ainda precisam ser 'encantados pelas flautas mágicas' de juízes como Sérgio Moro e outros que vêm tentando conduzi-los, ao invés de rios profundos e de águas turbulentas, para  dentro de celas bem escuras e sujas. E cheias de ratos de verdade, mas que, mesmo assim, fazem muito menos mal que os temíveis roedores.