QUISSAMÃ NOTA 10

Sabe aquela Parábola do Inexorável, que trata da impossibilidade de evitar certas realidades da vida? Pois é. Acaba de se aplicar ao município de Quissamã, mais precisamente à prefeitura de lá, onde o atual alcaide, Marcelo Batista, teve de tomar atitude "drástica" e corajosa ao exonerar o secretário de Direitos Humanos acusado de agredir o padrasto, um senhor de 65 anos. Inexorável por se tratar de algo inaceitável e injustificável, já que a pasta diz respeito à proteção a vida dos, supostamente, mais frágeis. Drástica e corajosa porque o investigado é filho da ex-prefeita e "madrinha" do prefeito. A grande maioria da população daquele simpático e pequeno município do norte-fluminense, conhecido por suas tradições, cultura e raros episódios dessa natureza, apóia a canetada que defrenestou o tal secretário e pode ter sido o início de um rompimento político e da liberdade que o gestor público precisa para governar de verdade

QUE PENA, QUISSAMÃ!

Uma pena ver Quissamã envolvido no que, nos meus 30 anos de serviços públicos prestados ao município (câmara e prefeitura), considero uma vergonha, um evento triste e sem precedentes. Uma pena ver isto acontecer logo no início de um novo governo, notadamente, no do prefeito Marcelo Batista, um "cara" que, a despeito de nossas últimas posições políticas tomadas, é bem intencionado, experiente e do bem que pode até ter cometido alguns equívocos. Mas, se tiver político diferente, que atirem a primeira pedra. Uma pena ver, justamente, o atual secretário de Direitos Humanos e Cidadania, acusado por agressão ao padrasto, um idoso, um cidadão de 64 anos que deveria ter a lei a defendê-lo. Uma pena ver que o referido acusado é filho da ex-prefeita. Mas, neste particular, já não sei se chamo de pena, Crime ou Castigo? De qualquer maneira, é uma pena ver o município, novamente, nas páginas policiais e enchovalhado por membros de uma mesma família.