quarta-feira, 4 de março de 2009

CHAPA QUENTE

Desde o início da semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga o Tribunal de Contas do Estado (TCE) vem promovendo ações que buscam desvendar o esquema de pagamento ao presidente do TCE e a empresas para que liberassem as contas de municípios do Estado. Na região, estourou de vez o caso de Carapebus - onde, segundo dados da Polícia Federal (PF) repassados pela própria CPI, ocorreu pagamento de R$ 130 mil para a aprovação das contas da cidade nos últimos cinco anos. Durante este período, segundo a comissão legislativa, Carapebus conseguiu aprovar todas as suas contas sob a relatoria no TCE do conselheiro José Nader. Este conselheiro, junto a mais 15 pessoas e 12 empresas, teve na segunda-feira um pedido de quebra de sigilo aprovado sobre suas contas pela CPI. O desenrolar dos fios começou por uma investigação da PF sobre corrupção em prefeituras de Minas Gerais. No meio destas pesquisas, segundo a CPI, os policiais encontraram uma descrição detalhada da estratégia para aprovar as contas de Carapebus e uma carta à empresa SIM. Ainda de acordo com a comissão, as investigações mostraram que Carapebus, que estava com muita dificuldade de aprovar suas contas no ano de 2002 devido a irregularidades, de repente conseguiu resolver tudo pagando ao presidente do TCE, a quatro conselheiros e alguns assessores. Até ontem, oficialmente, a atual gestão da Prefeitura não havia se manifestado. De acordo com investigações da Polícia Federal, a SIM prestava uma “consultoria especial” para que seus clientes, neste caso, vários municípios fluminenses com irregularidades em suas contas, tivessem uma “decisão favorável” do TCE.
Jornal O Debate de Macaé