quinta-feira, 2 de junho de 2011

DE JOELHOS

Embora saibamos, todos, que não existe político 'bonzinho', há de se respeitar o atrevimento da oposição em convocar Palocci a depor na Câmara Federal, os discursos inflamados dos senadores contra a instalação do Partidão e as dezenas de medidas provisórias enfiadas goela abaixo pelo Executivo. As duas atitudes mostram, pelo menos, a disposição de se atrapalhar os planos de quem vem tratando o Legislativo com absoluto desdém, oficializando de vez sua submissão ao Planalto. O que faz a presidente interina, Marta Suplicy (PT), cortando a voz dos colegas com total deselegância e querendo ser regimentalista quando quer, demonstra a volta da ditadura - aliás, a manutenção - e como serão conturbados os próximos meses, período que se pretende colocar em pauta questões importantes como as reformas política, previdenciária e, quiçá, a tributária, dificilmente modificadas como deveriam haja vista o poder legislativo estar de joelhos, engessado, amordaçado e impossibilitado de exercer suas prerrogativas.