sábado, 29 de outubro de 2011

SEM ENEM

Já virou rotina. Todos os anos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ao contrário de indicar alunos aptos a ingressar em uma instituição de ensino superior, revela, sim, um festival de irregularidades como a que aconteceu em um colégio de Fortaleza (CE), onde alunos tiveram acesso a 14 itens da prova, dias antes. O vazamento evidencia haver um grande comércio ou algum outro interesse, mas o MEC sempre se contenta em eleger, apenas, bodes expiatórios, demonstrando pouco caso (ou a impossibilidade) para acabar com todo o esquema. A coisa é tão clara que, agora, ficam discutindo se devem anular total ou parcialmente o exame no país inteiro, como se isto fosse suficiente. O governo, como sempre acontece nos casos de corrupção, mostra incertezas na tomada de decisões e neste caso, onde houve quebra de igualdade, ele deveria adotar, no mínimo, uma postura que moralizasse algo tão importante como a Educação, identificando a contaminação e todos os responsáveis, colocando-os atrás das grades. Concomitante, seria definir algo que não prejudicasse a todos e não colocasse os estudantes no mesmo grupo dos criminosos.