sexta-feira, 24 de agosto de 2012

BRASIL OK

O Brasil parece estar começando a ser passado a limpo. Pelo menos, parece. Suspeitos de corrupção, influentes e milionários são mantidos presos, como o megacontraventor e polivalente Carlinhos Cachoeira, jogador de todas as posições. Senadores considerados 'bons-moços', como Demóstenes Torres, flagrados nas escusas ligações com gente assim, perdem mandato sem choro nem vela. Talvez um pouco de choro e muita vela, já que deverá estar sepultado para a vida parlamentar. Se prevalecer o bom-senso. Mensaleiros influentes da República têm sido expostos a nível nacional e acusados por peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, recebendo pedido de condenação no STF, mesmo com a parcimônia de algum ministro. A Ficha Limpa, apesar de confusa e, eventualmente, mal interpretada, - e de algumas concessões - vem banindo quem praticou irregularidades e usou indevidamente nosso dinheiro, acabando com suas pretensões de, eleito, continuar fazendo o mesmo. E como mais um agradável alento para grande parte da sociedade brasileira que exige honestidade como obrigação, ex-senador um dia cassado por falta de decoro e roubo aos cofres públicos, anos depois é condenado a devolver tudo, como acaba de acontecer com Luiz Estevão pelo superfaturamento às obras da sede do TRT de São Paulo. Terão de ser devolvidos R$468 milhões e, de acordo com a AGU, esta é a maior recuperação de dinheiro público da história do país. Um excelente exemplo do que tem de ser feito com todos os ladrões responsáveis pelas mortes nos corredores dos hospitais, aposentadorias vergonhosas e os ridículos IDEBs, caos nos transportes e milhares de assassinatos na guerra civil que o Brasil vive. Falta, agora, mudar o Código Penal e ampliar o número de penitenciárias.