Aos cinéfilos como eu, recomendo o livro '1001 Filmes para Ver Antes de Morrer', de Steven Jay Schneider. Mas aos também céticos, quanto a política, que simplesmente relaxem. Não se devem enganar, por exemplo, que haverá auditorias nas prefeituras, encaminhamentos de irregularidades às instituições responsáveis em apurá-las, punição aos roubadores e sua exposição pública através de coletivas, rigorosa apuração da mídia com a divulgação minuciosa de tudo e coisas assim. Com a posse dos eleitos, a regra é deixar tudo como está e seguir à risca o 'nada que não se resolva com um bom e saudável bate-papo'. Mesmo porque, os inimigos de hoje... Na primeira semana, os 'novos' prefeitos - salvo raríssimas exceções - têm falado muito em mudanças, apresentado as velhas soluções mirabolantes, trocado seis por meia dúzia, sempre de maneira bem discreta. Mas existem aqueles que, guardadas as devidas proporções, começaram a jogar no ventilador, como o prefeito de São Gonçalo, Eduardo Mulim, ao apontar que o município está abandonado e entregue às moscas ( está na moda dizer que as moscas são outras e a m*&#@ é a mesma) e o de Niterói, Rodrigo Neves, ao declarar não ter caixa nem para pagar salários dos servidores e fornecedores. Outra surpresa - se é que possa existir alguma -, é o presidente da Câmara Municipal de Campos, Edson Batista, dizer que terá de rever o reajuste do salário dos vereadores de R$ 9.288.03 para R$ 15.031.76 e o custeio com a Casa. Por mais que pessoas como nós se esforcem, é difícil acreditar na possibilidade de essa gente cortar algo em sua própria carne e manter uma briga real com os antecessores. O normal é jogar uma cortina de fumaça, deixar a poeira baixar e fazer o mesmo - ou pior - para se dar bem. Ela (essa gente) e seu 'seleto' grupo. Afinal, o show não pode acabar. Nem os royalties, o FPM, IRRF, ICMS, IPTU, IPVA, etc.
