segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

MORTE NA CORRUPÇÃO

Sabe aqueles dias em que acordamos tristes por associarmos uma tragédia como a de ontem no Rio Grande do Sul à corrupção, omissão, falcatrua, incapacidade, pouco caso ou negociata? Ou a tudo isto? Foi como me senti em relação ao assassinato de mais de 235 pessoas na Boate Kiss que, ao contrário de uma das traduções do inglês, nos tocou, a todos, com mão pesada. Mas não ajuda ficarmos parados sem fazer a nossa parte que é tentar amenizar a dor dos brasileiros (impossível quanto a tragédia), mostrando à sociedade o desvio de dinheiro e qualquer outra maneira de matá-la aos poucos todos os dias. Como também vem fazendo o site 'desviômetro' (www.desviometro.com.br) que, desde setembro de 2012, faz projeção a cada segundo do valor de recursos desviados do Brasil. O montante é baseado no estudo "Corrupção: Custos Econômicos e Propostas de Combate, realizado pela Federação de Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp) , a mesma que estimou o custo médio da corrupção em 2,3 % do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 96 bilhões. Para muitos, a comparação pode até parecer exagero. Mas quando se percebe que a corrupção, a vista grossa, o tal do jeitinho, a negligência e o despreparo podem ter contribuído para um morticínio a mais ( e olhe que o Brasil não está oficialmente em guerra), não resta outra alternativa se não procurarmos um jeito de nos manifestar, não sentindo a frustração de ter o espaço e permanecer calados. Como fazemos ao apontar o quanto poderia estar sendo investido na solução dos grandes problemas brasileiros como habitação, saúde, segurança, educação e transporte público, lembrando a corrupção como uma das responsáveis pela morte desses jovens e de outros milhares de brasileiros  inocentes.