sábado, 6 de abril de 2013

ÔNIBUS CHEIO

Se os ônibus no Rio já eram caóticos por conta das tarifas altas, assaltos, irregularidade nos horários, superlotação e, muitas vezes, motoristas mau humorados, as empresas resolveram piorar as coisas, ainda mais, colocando-os com dupla função, fazendo papel de trocadores. O sujeito dirige, recebe o dinheiro do passageiro e ainda passa o troco que se não for devidamente entregue causa-lhe prejuízo no final da corrida. A diferença de salário é quase imperceptível para o motorista que não acumula função nenhuma. Pelo contrário, ganha mais estresse, hipertensão, envelhecimento precoce e outras anomalias, quando não há discussão e agressão resultando em queda de coletivo com mortes, como esta semana na Avenida Brasil. A propósito, será que a tragedia que vitimou oito pessoas servirá de alerta para as autoridades rediscutirem a ganância empresarial de fazer o profissional do trânsito se redobrar, ficando cada vez mais nervoso e, consequentemente, agressivo com quem não tem nada a ver com isto, no caso, nós, os passageiros, que pagamos as passagens e corremos o risco de ver interrompida a viagem? Com a palavra, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, o secretário de Transportes, Júlio Lopes ( se for achado por aí ), deputados e governador Sérgio Cabral.