quarta-feira, 5 de novembro de 2014

NOS BRAÇOS DO POVO

A volta triunfal de Aécio Neves ao Senado nesta terça-feira mostrou um pouco de como serão os próximos quatro anos. Ovacionado por centenas de correligionários, o candidato do PSDB, derrotado por uma ínfima margem de votos (ele teve 48,36% contra 51,64% da petista Dilma Rousseff), foi recebido como herói nacional. Militantes tucanos e parlamentares da oposição o receberam na entrada do Congresso Nacional gritando “presidente”, “fora, PT” e cantando o Hino Nacional. Exageros à parte, como se falar em neste momento e, até, na interferência direta dos militares nas questões políticas ( se bem que sua atuação deveria se intensificar no país totalmente à mercê da criminalidade), apesar da derrota nas urnas o resultado final representou a necessidade imediata de o governo e a presidente mudarem radicalmente sua postura de deuses, com onipotência, oniciência e onipresença, além da omissão para com os muitos erros cometidos que vêm significando uma população a cada dia mais dependente do assistencialismo, uma falsa percepção de que há conquistas reais e duradouras e, claro, permitindo uma corrupção desenfreada nunca dantes vista. Talvez tenham sido estes os principais motivos para a expressiva votação de Aécio e do grande afastamento dos eleitores das urnas. Erros que o senador, juntamente com todos de uma oposição que promete se avolumar, deve recomeçar a combater com maior rigor pois eles, agora, são representantes de milhões de brasileiros e brasileiras.