Para
quem achava que o Mensalão tinha sido a maior 'proeza' dos petistas, o Petrolão vem aí para provar que a compra de votos de
parlamentares, deflagrado no primeiro mandato do governo de Luís Inácio Lula da Silva, foi quase uma fichinha. Não é preciso ser nenhum oráculo, expert
em política, tampouco, trabalhar na Polícia Federal - aliás,
instituição que ao lado do Ministério Público tem feito seu dever de
casa muito bem, a despeito das bobagens ditas pelo ministro da Justiça -
para se chegar à conclusão que o ex-presidente e seu poste não só
estimularam como permitiram as irregularidades na Petrobras. Prova disto
é que o capo, desde seu primeiro
reinado, vetou os dispositivos da lei orçamentária aprovada pelo
Congresso que bloqueavam o pagamento de despesas de contratos da
Petrobras consideradas superfaturadas pelo Tribunal de Contas da União
(TCU). E já que o assunto é máfia, o maior roubo cometido contra a maior
empresa do país começa a ser desvendado, com a delação premiada e a
prisão de gente de dentro e de fora do governo e, tudo indica, não
haverá omerta ( código de silêncio entre mafiosos) que perdure
nem doutor que impeça a prisão de figurões da República. Claro, se o
Supremo Tribunal Federal (STF) fizer sua parte e não atrapalhar.