quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

MONSTRO CHAMADO BRASIL

Há muito vivemos sob a mais absoluta cleptocracia no Brasil. Há muito que temos um Estado governado por ladrões. Vinda de, praticamente, todos os lados e direções, a corrupção nos atinge de maneira frontal e, na maioria das vezes, mortalmente. Os recentes escândalos do Mensalão e Petrolão mostram o quanto os últimos governos têm ousado, tomado decisões com extrema parcialidade, indo, sempre, ao encontro de interesses pessoais dos detentores do poder político. Mostram, também, que não dá mais. Algo, ou alguma coisa, muito séria, tem de ser feita já, contra alguém - no caso a presidente Dilma Rousseff - e contra um governo - no caso o Partido dos Trabalhadores (PT) - que há 12 anos extraem a riqueza da população, criando, quase sempre, programas, leis e projetos sem nenhuma lógica ou viabilidade que justifiquem o país continuar mergulhado numa qualidade incompatível com a saúde, educação, baixos salários, transportes, recessão econômica e segurança que temos (aliás, não temos) mas que tanto dinheiro consome. Consome, não, rouba. O desvio de verbas públicas, respaldado na maneira quase ditatorial de o PT governar (e fazer aliados/cúmplices), chegou ao seu mais rigoroso limite pois nos leva próximos ao fundo do poço, haja vista desejar o fim da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), do superavit primário, empurrar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) goela abaixo, aprovar o orçamento 2015 de qualquer jeito e, ainda, controlar a mídia para que não divulguem - como se deve - o que pretendem fazer com os brasileiros mostrando que, além da cleptocracia, somos regidos por uma autêntica monocracia sustentada por um Congresso Nacional quase todo comprometido e que, raramente, esboça manobra diferente, análise prospectiva, realinhamento de forças, atitudes de grandeza que protejam uma população em sua maioria carente e dependente daqueles que colocou lá pra isso. Sem falar no pretenso controle de outras instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF), onde todos os ministros são indicados pelos presidentes da República. Não que haja suspeição sobre eles, mas é que só pelo fato de TODOS virem pelas mãos duvidosas e sujas, de mesadas e petróleo, dos presidentes Lula e Dilma, reforça ser esta mais uma grande aberração. Mas nem tudo é roubalheira, gatunagem, rapinagem, patrimonialismo, compadrio, nepotismo, peculato e falta de meritocracia no serviço público com intuito de acobertar os desvios. Muito tem sido feito desde o período colonial do Padre Antonio Vieira e d'O sermão do bom ladrão e do Padre Manuel da Costa de A arte de furtar. Foram criadas leis anticorrupção e da transparência, parcerias com organismos internacionais, por exemplo, a Polícia Federal e o Ministério Público correm atrás (sem trocadilho) dos criminosos e a Justiça usa os instrumentos que dispõe. E é aí que incide o erro maior. Não há uma eficácia concreta capaz de desanimar ( impedir seria presunção neste momento) os pilhadores do patrimônio público. A impunidade, ainda, é o mal maior do Brasil. Aquela que torna o monstro da corrupção encorpado e cada vez mais voraz e cheio de pessoas a lhe alimentar.