Principal responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro aceitou mais denúncias feitas pelo Ministério Público contra investigados no
esquema bilionário de corrupção na Petrobras, totalizando 19 réus até agora. A maioria dos novos denunciados
operava para as empreiteiras OAS e Galvão Engenharia. Mais cedo, o juiz
havia acatado acusação de outras nove pessoas.
As decisões referem-se à sétima fase das investigações, que apura a
participação de executivos e representantes de nove grandes empreiteiras
em fraudes nos contratos com a estatal, em montante estimado em R$ 59
bilhões. De acordo com o juiz, há provas e depoimentos de delação premiada,
feitos por Youssef e Paulo Roberto Costa, de que os contratos assinados
entre OAS e empresas controladas pelo doleiro foram feitos sem a
comprovação da prestação dos serviços. “Em decorrência do esquema
criminoso, os dirigentes da OAS teriam destinado pelo menos 1% sobre o
valor dos contratos e aditivos à Diretoria de Abastecimento da
Petrobras. Parte dos valores foi paga a Paulo Roberto Costa, enquanto
ele ainda era diretor de Abastecimento, e outro montante após a saída
dele”, afirmou o juiz.