sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

TERCEIRO TURNO

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, entregou o diploma a presidente Dilma Rousseff dircursando que sua reeleição 'era uma página virada e não haveria terceiro turno'. Arrogantes, suas palavras pareciam querer dizer que tinha cumprido com o dever. E calar a oposição, como se fosse possível. Primeiro, senhor ministro, existem autoridades, de poderes distintos, com prerrogativas distintas e muito abrangentes, de questionar aquele - ou qualquer outro - pleito e, até, votar um impeachment. Se for o caso. Em segundo lugar, não faltam motivos para a população duvidar de coisas relacionadas ao governo (embora os tribunais sejam independentes), inclusive da reeleição de Dilma, haja vista a compra do voto de parlamentares ( mensalão), os maus e escusos negócios envolvendo a Petrobras, as falas de Dilma e de Lula de 'que farão o diabo', vultosas quantias circulando pra lá e pra cá, em cuecas e calcinhas, só para citar alguns malfeitos. Finalmente, senhor presidente, a população, principalmente aqueles mais de 50 milhões de eleitores que votaram contra o governo e/ou se abstiveram, ainda ficam com a pulga atrás da orelha com a indicação de um advogado do PT e do ex-presidente Lula como ministro do STF e, agora, a presidir o TSE. Isso é natural e, usando suas próprias palavras, faz parte do imaginário do povo. Não que o senhor seja incompetente, desonesto ou esteja contrariando a lei. Mas que as atuais formas de nomeação são antiéticas, no mínimo, são.