sexta-feira, 10 de julho de 2015

CIRCO NACIONAL

O Congresso Nacional tem vivido dias de glória. Às avessas, é bem verdade. Nas manchetes dos jornais e de toda mídia que se preza, a todo momento, seus protagonistas, deputados e senadores, bem como seus presidentes, devem estar se sentindo como pinto no lixo tamanha exposição, já que a vaidade é um de seus pecados capitais prediletos. Sem falar nos mortais ou veniais. CPIs e temas como a minirreforma eleitoral, maioridade penal e a possível troca do regime presidencialista para parlamentarista, entre tantos outros, têm feito daquela Casa o cenário ideal para que temas importantes sejam debatidos e tornados de conhecimento público, levando-os a aparecer - e parecer - como os salvadores da pátria. Só que a 'invasão' constante das humildes casas, além de ser muito mais midiática do que prática, dificilmente resulta em algo bom ou, pelo menos, razoável, para a maioria que não aguenta mais tantas falácias, reajustes, descaso, inflação,  falsas promessas e, claro, roubalheira e corrupção onde, aliás, boa(má) parte desta classe política está envolvida até o pescoço. Qualquer um que tenha bom senso, ou queira perder tempo pensando com seriedade no que acontece, chegará à conclusão que o grande mal são os políticos que vêm fazendo daquilo uma profissão, um meio de vida para alcançar seus objetivos mais perversos e mesquinhos, isto é, roubando da população seu direito legítimo de ver retornar para ela aquilo que lhe tomam - na mão grande e aos olhos da mesma mídia-, de pesados impostos e, no final, ainda rindo de todos e fazendo todo aquele teatro no Senado e na Câmara querendo dar a impressão que são sérios e 'vão acabar com aquela coisa e levar os malfeitores à prisão'. Mas a população parece ter começado a perceber que, de prático, não resultará em nada pois as raposas estão tomando conta de um galinheiro onde, de quatro em quatro anos, apenas mudam-se as moscas.