sexta-feira, 17 de julho de 2015

SENADOR PROLLIXO

O prolixo senador Collor de Mello, caso encontrasse os agentes da Polícia Federal adentrando sua residência atrás de provas para a Operação Lava Jato e apreendendo suas Lamborghini, Ferrari e Porsche , no mínimo diria assim:
'Oh, bucéfalos anácronos! Não os interpelo pelo valor intrínseco dos automóveis, preciosas relíquias advindas do fruto de minha labuta diária e conquistadas dignamente, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação'. 
Obviamente, os agentes da lei pouco se importariam com tamanho esperneio daquele que um dia se auto-intitulou o Caçador de Marajás, enganou a maioria de brasileiros, se aproveitou do cargo - que ele nega  peremptoriamente - e, no final, mallandramente, optou por sair pela porta dos fundos para evitar a cassação, até poder voltar com total ímpeto e fazer tudo de novo, como parece ter acontecido desde que regressou do auto-exílio em Miami. Mas a PF e os promotores que fazem parte da Operação Lava Jato não se deixarão levar por bonitas palavras e inflamados discursos proferidos no púlpito do Senado pois, desta vez, também, a maioria dos brasileiros sabe que o ideário começou a ser conspurcado, à sombra do poder invisível no interior recôndito do Estado, pela confluência de interesses espúrios e alianças táticas entre máfias, grupinhos e castas que se alimentam da corrupção. Aliás, essa mesma maioria quer ver a casa cair, mesmo. Inclusive a Casa da Dinda do senador Collor e tantas outras ligadas ao projeto de poder ambicioso de Lulla, Dillma e do PT.