Quem diria. O presidente do Senado, Renan Calheiros, depois de se safar da cassação com a mais autêntica e peculiar malandragem e de uma execração pra lá de pública, com quase todo país gritando palavras de ordem contra ele, agora ganha as páginas dos jornais numa tentativa de virar herói nacional ao 'salvar o Brasil', com medidas demagógicas e uma falsa aliança com a presidente Dilma que todos sabemos não serem sérias e plausíveis. Quem o vê dar entrevistas e de bom moço à frente do Senado, lendo ridículas propostas de alguns de seus seletos colegas, de seu amado PMDB e outros de sua base alugada, entre elas algumas pra nenhuma raposa velha da política colocar defeito, como equilíbrio fiscal e proteção social, além da revisão de marcos jurídicos, estímulo ao desenvolvimento turístico, regulamentação da terceirização e de criação de PEC das obras estruturantes (essa a melhor de todas para os negócios da turma de empresários amigos e colegas parlamentares quando da colocação de emendas) e outros bla bla blás, não tem dúvidas de que ele finge - mas não consegue - encenar uma alternativa para salvar o governo e, consequentemente, o país, mas quer mesmo é salvar a pele e ganhar tempo (este deve ter sido o acordo no 'produtivo' jantar ) já que o governo ganhou uns dias para se defender das pedaladas e no domingo recomeçam os temíveis - pra eles - movimentos populares, com destacado coro ao fora Renan!, fora Dilma!, abaixo corruptos!, o que pode estragar seu penteado e lhe tirar o sono.
