Tem pessoas que, definitivamente, nascem viradas pra lua. Têm uma
'sorte' de dar inveja. Peguemos o ex-presidente Lula da Silva como
melhor exemplo disso. Migrante vindo do sertão de Pernambuco,
semianalfabeto, família muito humilde, vai pra São Paulo, torna-se
metalúrgico, aposenta-se cedo (agora defende nova fórmula para o fator previdenciário), vira líder sindical e, após entrar no
mundo mágico da política, consegue ser eleito presidente da República,
duas vezes, e ainda eleger um poste para o mesmo período (pelo menos,
parece, se o petrolão não se tornar seu maior azar). Mas 'sorte' ,
infinitamente, superior, tem os filhos de Lula, filho do Brasil, país
das 'oportunidades'. Enquanto um deles, auxiliar de zoológico, vira um
fazendeiro riquíssimo em pouco tempo, o outro, auxiliar técnico em clube
esportivo, se transforma em um megaempresário, também num curto espaço
de tempo, Ambos, com certeza, grandes empreendedores e de um preparo
digno de estudos acadêmicos e teses de doutorado e mestrado para se
descobrir a fórmula para sucesso tão meteórico. Longe de nós, simples
mortais, que trabalhamos com afinco, dedicação e procuramos nos
especializar para ascender, acharmos que os herdeiros de Lula se
utilizaram do prestígio do pai - e dos governos petistas - e foram
favorecidos para pular e superar os obstáculos até chegar onde estão. E,
pelo visto, ai da Justiça se desconfiar das condições dos superdotados e
resolver apurar todo este bambúrrio com pé no acelerador. A coisa pode
ficar ruim e render uma dor de cabeça daquelas que só com muita fortuna, muita sorte,
para passar.