quarta-feira, 19 de abril de 2017

A LUTA CONTINUA

Quem nos acompanha, aqui ou nos muitos artigos lançados pelo menos nos últimos 10 anos, sabe da perseguição implacável, principalmente, ao Partido dos Trabalhadores (PT) e da luta ferrenha para mostrar que alguns de seus principais criadores e seguidores foram responsáveis pelo projeto criminoso de poder que permitiu a prática de uma forma de corrupção nunca dantes imaginada. E sentida na pele. Sabe, também, que nossas ideias acerca da política praticada no País - onde elege-se pessoas, muitas vezes sem nenhuma condição, para servirem-se dela - sugerem uma ampla reforma onde haja o aperfeiçoamento do Parlamento, símbolo da democracia representativa, incorporando a ele os mecanismos de um sistema estruturado onde o cidadão exerça, de fato, o poder. Sem falar na quase enfadonha insistência ao apontarmos as diversas mordomias e propinas recebidas pelos que exercem cargos eletivos, em todas as instâncias, e, pagas, bem pagas, aliás, com o dinheiro público e privado, como se vê agora com as delações da Odebrecht e, finalmente, nas obstinadas linhas escritas e voltadas para que mudem-se as leis de forma a punir, exemplarmente, todo aquele que se apropria de algo que não lhe pertence. Passado todo este tempo e com tanta coisa registrada nos mais fieis meios dos quais, com a tecnologia atual, qualquer um pode dispor, a qualquer hora, e vendo os muitos resultados práticos alcançados, tanto pela Justiça através das muitas operações cujo objetivo é apontar falhas, culpados e tirá-los de circulação ( mesmo que ainda não de forma definitiva), como pelos veículos de comunicação sérios e a importância da disseminação das informações palatáveis das redes sociais (as duvidosas, sinais de fumaça, também merecem atenção), consideramos que valeu à pena - e tem valido - usar de nossa condição para contribuir  com a democracia 'com e para o povo', aquela em que todos se beneficiem. Mesmo. Mas como um velho clichê, de uma velha raposa política, 'a luta continua' e muita coisa ainda precisa ser dita e acontecer para que o País mude de rumo e devolva tudo aquilo a seus verdadeiros donos. Que não são das odebrechts da vida, tampouco de uma classe de políticos larápios que precisam ser extintas o mais rápido possível. Para bem do Brasil.