A atitude de Marco Aurélio de Mello, ministro do STF, de  devolver ao 
senador Aécio Neves, com todas as suas - de ambos - prerrogativas, 
benesses e onis (presença, ciência e potência), depois das muitas provas
 incontestes de que havia, no mínimo, algo estranho e errado, aliás, 
muito estranho, só comprova que há, mesmo, um grande acordo em curso no 
País para se desmoralizar as tentativas de diminuir a corrupção 
institucionalizada, como a maior delas, a Lava Jato e, claro, proteger 
as muitas malas de dinheiro que circulam por aí para comprar mais poder,
 casas, apartamentos, joias, carros de luxo, moedas estrangeiras e ainda
 pagar escritórios renomados de advocacia, de advogados sem escrúpulos e
 dispostos a defender algo que, normalmente, seria pouco provável se não
 existisse, por trás, Tribunais Superiores a lhes dar guarida com teses 
cada vez mais absurdas, arrogantes e que, a cada dia, zombam de todos 
nós como se não pudéssemos discernir o que é propina, mesada e dinheiro 
pra pagar advogado do que é legal, direito e decoro parlamentar. Triste 
de um País que tem os representantes do povo a roubar e a trabalhar 
contra ele. Triste de um País, cujos guardiões da Constituição e da 
Democracia ainda protegem essa gente. Triste de um País chamado Brasil.