quarta-feira, 29 de novembro de 2017

ENTRETERNET

Vem se tornando cada vez mais frequente apontar e definir o uso das redes sociais da internet - pelo menos as principais e campeãs em número de usuários que são Facebook, WhatsApp, You Tube e Messenger - como uma gigantesca bancada de discussão política, capaz de exercer fortíssima influência nos Três Poderes da República, além de fomentar discussões acaloradas e até brigas que chegam todos os dias aos tribunais do Brasil inteiro, pela intolerância e radicalismo. São os chamados prós e contras dessa que é, sem dúvida, a maneira mais direta de se atingir um expressivo número de pessoas em tempo recorde. De um lado, analfabetos funcionais que parecem ter conseguido o tão sonhado diploma de 'cientista político' e postam, digitam e atiram quase sempre em nome de um enorme 'conhecimento de causa'. Do outro, usuários que conseguem colocar para fora sua indignação pela falta de atitude ou respaldo de autoridades omissas (sem falar na corrupção, aliás, tema preferido das redes sociais). Na 'guerra', ainda, acusados , acusadores e defensores tentando fazer cada qual o seu papel da melhor maneira, ou seja, ganhar mais joinhas, likes e comentários. E causas. O crucial é que, no uso desta moderna e útil ferramenta, são necessárias mais informações qualificadas e não  fragmentos viciados e viciantes que circulam pelas redes sociais sem critério, muitos sem nenhum sinal ou vestígio de verdade, a partir das quais estão se consolidando ideias e convicções nesta mesma linha. Mas o que fazer para melhorar a situação? Para começar, procurando analisar melhor tudo que nos chega. Se faz parte de um enorme circo de vaidades encenado por sabichões e pseudo-intelectuais, formadores de opinião e o pior tipo, o radical político. Se o que chega aos nossos olhos e ouvidos tem fundamento e vem acompanhado daquilo mais importante que pode-se produzir e revelar, isto é, a conformidade a um fato ou realidade, uma declaração provada como verdadeira, daí, merecendo o compartilhamento. Finalmente, se tem apenas o propósito de proporcionar diversão, entretenimento,  modismo ( entrar na onda) e qualquer outro que não fira e atinja a honra de ninguém.