quinta-feira, 26 de abril de 2018

MARAJÁS

Quando era criança ouvia falar que o Brasil era o país do futuro, que estávamos em desenvolvimento e coisas assim. Já se passou bastante tempo e em muitos aspectos continuamos atrasados e mantendo a cultura dos privilégios, se bem que esta piorou muito desde a volta da 'democracia', das eleições diretas, etc., ou seja, nos últimos 28 anos. Além da corrupção -  este o mal maior do País há pelo menos cinco séculos - e do atraso em relação a serviços públicos oferecidos à população, as eternas mordomias garantidas pela Constituição aos Três Poderes são outra grande aberração que ninguém consegue acabar. Como, por exemplo, o subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que, apesar de o teto salarial dos servidores públicos da União ser de R$33.763,00, vive "recheado de penduricalhos" levando o "produto" final a ferir a própria Carta Magna (mais ferida que o touro na arena e que os cristãos no Coliseu) e ultrapassar, em muito, os demais benefícios dos outros mortais. É uma vergonha que o colendo tribunal, o qual tem de servir de parâmetro para os demais e pretenda fazer Justiça, não consiga colocar em votação a regulamentação de matérias sobre benefícios recebidos indevidamente - ou no mínimo imorais - por uma parcela de servidores que vêm recebendo subsídios que ultrapassam o instituto do teto salarial e, até, o limite do razoável num País onde a maioria ou está desempregada ou ganha R$ 954. Ou vive de bico ou nada consegue ganhar. Ou nenhuma das alternativas anteriores porque tem feito alternativas erradas e o resultado é este aí, assistir um grupo de aproveitadores saquearem tudo, resguardarem-se a si próprios e usarem do poder para se dar bem, ganhando salários incompatíveis com a realidade nacional e vivendo de maneira nababesca sob a proteção de um Estado feito de privilégios para alguns e injusto para a grande maioria. Como acontece no STF, no Congresso Nacional, nas assembleias, nos governos estaduais, municipais e até em muitas câmaras de vereadores Brasil afora.