quinta-feira, 3 de maio de 2018

BOLSONARO EM PRIMEIRO

Acaba de sair mais uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná (devidamente registrada no TSE sob o número BR-02853/2018) onde Jair Bolsonaro aparece em primeiro lugar na preferência dos eleitores para a presidência da República. Isto num primeiro cenário só entre pré-candidatos que estão em condições legais, sem trânsito em julgado e, principalmente, fora das prisões. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 27 de abril e 2 de maio em todos os estados da Federação e apontou o deputado, agora do PSL-RJ, liderando com 20,5% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (REDE), com 12%; Joaquim Barbosa (PSB) com 11%; Ciro Gomes (PDT) com 9,7%; Geraldo Alckmin, do PSDB, (8,1%); Álvaro Dias, do PV, (5,9%); Fernando Haddad, do PT (possível plano B se for confirmada a Ficha Suja -sujíssima, aliás- de Lula) com 2,7%; Manuela D'Ávila, do PC do B (2,1%); Michel Temer, do PMDB, (1,7%); Flávio Rocha, do PRB (1,0%) e outros nomes citados com 2,9%. Foram realizados três cenários, dois deles sem a presença do ex-presidente Lula, que está preso desde o dia 7 de abril. Nos outros dois cenários, inclusive com a presença pouco possível e muito improvável do autor do maior projeto criminoso de poder, o ex-presidente lidera com 27,6% das intenções de voto contra Jair Bolsonaro em segundo, com 19,5%, seguido por Joaquim Barbosa com 9,2%. Finalmente, num terceiro cenário criado simula-se um apoio do PT ao candidato Ciro Gomes. Aqui, Jair Bolsonaro volta a liderar com 20,7%, porém, apesar do hipotético apoio a Ciro, quem avança são os pré-candidatos Marina Silva (13,3%) e Joaquim Barbosa (11,2%). Também teve outro ponto relevante da pesquisa relacionado à pergunta sobre qual candidato o ex-presidente Lula deveria apoiar caso não concorra. Marina Silva apareceu em primeiro, com 15%; seguido por Ciro Gomes com 11,8% e Fernando Haddad com 11,5%. Como se vê, apesar de ainda faltar um bom tempo para as eleições de outubro - cinco meses costumam revelar muitas coisas e às vezes durar quase uma eternidade - e em termos de previsões eleitorais todo cuidado é pouco. A posição de Bolsonaro está muito longe de ser considerada confortável e ele, pela experiência política que tem, bem como sua enorme legião de apoiadores, sabem bem disso e precisam  manter os pés no chão, mostrando muito mais do que amor à Pátria, respeito às religiões, caça aos desordeiros, aos bandidos, aos corruptos. Precisam, Bolsonaro, sua equipe, seus homens da campanha, os políticos que começaram a se aproximar e, principalmente, os milhões de brasileiros e brasileiras simpáticos a estas ideias, acreditarem que Jair Bolsonaro representa algum tipo de mudança. Para melhor.