quinta-feira, 31 de maio de 2018

GOVERNOS IMPOSTOS

O governo, principalmente, através de seus ministros trapalhões, o tal Marum "Maluco", Eliseu Padilha, também conhecido como "Primo" e Moreira Franco, o "Angorá", segundo delatores da Lava Jato, vem afirmando que chegou ao limite e não tem condições de ceder mais aos caminhoneiros ou qualquer outra categoria: ”Fizemos um brutal esforço para acabar com esse movimento que está trazendo prejuízos. Fomos no limite do que poderíamos ir [em termos orçamentários] para normalizar o movimento”, foram algumas das frases mais proferidas por eles ao longo da dura semana enfrentada por todos os brasileiros. Outro que também surgiu das cinzas do governo mais queimado de todos os tempos - leia-se Michel Temer - foi o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, cujos cálculos apontam para um custo de R$ 9,5 bilhões provocado pela redução no preço do óleo diesel acordada entre o governo e representantes dos caminhoneiros. Pelas contas da equipe econômica, R$ 3,8 bilhões virão de cortes ainda não especificados no orçamento. Os R$ 5,7 bilhões restantes virão, de acordo com Guardia, da reoneração da folha de pagamento e outras medidas não antecipadas por ele. Mas como não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe (provérbio português), tampouco, nada é tão ruim que não possa piorar (frase predileta de caminhões nestes tempos bicudos), o ministro admitiu que há possibilidade de aumentar tributos para compensar o subsídio que será dado aos caminhoneiros. "Será compensado com outros tributos. Pode criar impostos, mas há restrições legais. Majoração de impostos, eliminação de benefícios existentes. Através de lei ou decretos", afirmou. É óbvio que o Tesouro - mantido por nós - tenha que arcar com mais esta falta de previsibilidade do governo, uma vez que pra toda irresponsabilidade sua, como sempre, tem de haver alguém para pagar a conta. No caso, nós, os contribuintes (impostos) da mais alta carga tributária do planeta. Mas as principais perguntas que todos se fazem são: quando é que os políticos vão cortar na própria carne para aliviar um pouquinho o tamanho do rombo provocado por eles próprios e que nos levam a arcar com todos estes prejuízos (mordomias como milhares de assessores, supersalários, cartões corporativos, planos de saúde vitalícios, fundo partidário, voos em aviões da FAB, etc.) ? Quando que esta cambada vai trabalhar para diminuir a corrupção instalada quer todos veem e nada querem fazer? Quando vão ter a coragem de diminuir o número de deputados, senadores e, até, de vereadores? Quando que os 'representantes do povo' vão legislar em prol do povo, procurando criar ou aprimorar leis que signifiquem redução de preços de diesel e tudo mais? Quando que os vagabundos do Congresso Nacional (quase todos os 513 deputados e 81 senadores que só aparecem quando interessa) vão ter coragem de combater a sonegação, a prática abusiva, o comércio ilegal e tantos outros problemas que levam - e continuarão levando - o País ao caos? Por fim, quando aprenderemos a repudiar, de verdade, esta gente nas urnas? Quando aprenderemos a ir pra rua lutar pela redução dos preços, dos impostos e exigir mais comida, empregos e serviços públicos de qualidade? Quando iremos parar de pensar só em carnaval, futebol, copa do mundo, festas juninas, julinas, nos feriados prolongados e na cervejinha (a do fim de semana e a do guarda)? Quando?