quarta-feira, 17 de outubro de 2018

SEM GRAÇA

Dizem que não se deve rir da desgraça alheia. Exceção feita somente quando "os desgraçados", contribuíram, de alguma forma, para acabar com sonhos, direitos e, alguns, até mesmo desviar (com todos os seus sinônimos) dinheiro público de milhões e milhões de pessoas. Como aqueles parlamentares que, sem conseguir a reeleição, ficam sem foro  privilegiado daqui a alguns meses (pra ser mais preciso, a partir de fevereiro de 2019) e aí, como têm viralizado algumas memes, "titio Moro os espera de braços abertos". É o caso, por exemplo, dos senadores, Eunício Oliveira (MDB-CE), atual presidente e de seus colegas de partido e, tudo indica, de maracutaias, Romero Jucá, Edson Lobão e Valdir Raupp (Renan Calheiros e Jader Barbalho conseguiram escapar, pelo menos por enquanto) além dos deputados André Moura, líder do governo no Congresso e até do Cabo Daciolo - aquele 'engraçadinho' que jurava, com a Bíblia debaixo do braço, vencer as eleições presidenciais - que, além de não se reelegerem, terão de se defender, como qualquer outro 'mortal', das acusações criminais que pesam sobre suas cabeças (obviamente, sem nenhuma culpa) no Supremo Tribunal Federal (STF) e outras instâncias, alguns, inclusive, se condenados, podendo fazer companhia a outros ex-políticos por crimes relacionados à Lava Jato. Entretanto, não são só eles não. Tem muito mais 'figurões' integrando as mais diversas listas de crimes cometidos contra a população brasileira. Fala-se em 70 congressistas nesta situação que, sem mais a aberração do tal de foro privilegiado, podem cair nas garras da graça da Justiça. Vamos fazer o que nos cabe, neste momento, que é continuar votando contra corruptos e torcer para que o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, envie ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, os processos envolvendo parlamentares que ficarem sem foro privilegiado. Mas não nos esqueçamos do mais importante deles, presidente Michel Temer, do "quadrilhão" do MDB, que a partir de janeiro, sem foro especial, também poderá cair em desgraça ao enfrentar uma nova realidade jurídica que inclui, pelo menos, quatro processos em diferentes tribunais pelo País. E como uma desgraça nunca vem sozinha...