sábado, 12 de dezembro de 2020

FIM DO TÚNEL

 A falta de lucidez e de, pelo menos, algum resquício de neurônio dentro daquelas cabeças cheias de ódio e extremismo, comuns aos bolsonaristas (tal qual os petistas, se é que alguém ainda se lembra deles), tem servido para mostrar que sobram motivos de que o presidente está descompensado, é mentiroso e tem agido como um lunático e genocida, principalmente, em relação a maior crise vivida por brasileiros e brasileiras (o que justificaria Interdição e Intervenção Já!). A saber:

- Com mais de 180 mil mortos, ele continua subestimando a pandemia ao afirmar que "a Covid é "uma gripezinha" e " tá no finalzinho";

- contraria a ciência, ao incentivar tratamentos paralelos ( cloroquina, etc.) e ineficazes, aglomerações, fim do uso da máscara;

- militariza o ministério da Saúde, humilhando aos militares, o ministro, general Pazzuello (perdido desde o início) e órgãos como a Anvisa que passou a tomar atitudes estranhas e " fazer mal à saúde";

- vem tentando destruir programas de Saúde Mental do SUS (que o ministro nem sabia o que era ao entrar), bem como outros programas de assistência ligados ao tratamento da hepatite e do HIV;

- insiste na idéia de que a PF, a Abin e outras forças de inteligência e de segurança existem para servir ao seu governo e não ao Estado brasileiro. Tal qual, em seu delirium tremens, imagina serem as Forças Armadas e a própria Constituição, esta, em particular, podendo ser rasgada se preciso for;

- trocou, em menos de dois anos, 14 colaboradores diretos, como ministros e secretários especiais. Apesar do recorde, nada demais se não fossem o seis por meia dúzia, a incompetência, as fraudes curriculares, a total submissão e outros motivos, para ele, tão desprezíveis como o papel da Imprensa, da oposição. Da vida humana;

-protagonizou a pior reunião ministerial que se tem notícia na história da República, numa linguagem típica de marginais, literalmente, à margem de todas as leis, sem nenhuma preocupação com o público, como se estivesse numa privada;

- despreza mulheres (principalmente jornalistas), homens (os quais chama de maricas), negros (para ele "tostadinhos) e quem faz opções que, para ele, "ferem princípios morais e religiosos". Imagine o que pensa dos idosos, das crianças, dos desempregados, dos pacientes? Devem ser todos uns inúteis que só dão despesa.

- confronta líderes mundiais (como fez com Macron, da França); interfere em questões externas (como nas eleições nos EUA, para ele, fraudadas, aliás, como as nossas que venceu); tripudia os principais parceiros comerciais, entre eles a China e a Argentina; ameaça aliados com pólvora; insiste em não reconhecer a vitória de Joe Biden e que o derrotado Donald Trump é "amigo da família";

- pratica a mais velha e sórdida política, com a distribuição de cargos e dinheiro, muito dinheiro, a parlamentares para votarem a favor de seus interesses particulares e políticos. Como vem fazendo para eleger os presidentes da Câmara, o qual tem a prerrogativa de, por exemplo, encaminhar processos de impeachment e do Senado, que os julga;

- luta desesperadamente para livrar o filho 01, Flávio Bolsonaro, das garras da Justiça - fazendo o diabo -, através do GSI e da Abin os quais vêm colocando seus quadros para livrá-lo do crime de peculato (desvio de dinheiro público), também conhecido como rachadinha;


- parece não se importar nem um pouco com o que vem acontecendo com o Pantanal e a Amazônia, destruídos pelo desmatamento e mineração ilegais, aos olhos do mundo, uma prática que já começa a gerar consequências gravíssimas como deixar o Brasil de fora do evento promovido, esta semana, pela ONU para tratar de reações climáticas e outras questões ligadas ao meio ambiente que Bolsonaro e seu ministro, Ricardo Salles, querem destruir " deixando a boiada passar";

- continua obcecado com o armamento em massa, facilitado, agora, com a lei que zera impostos para revólveres e pistolas e com a derrubada da portaria de controle de munições, o que vai levar ao regozijo ainda maior da marginalidade que não poderá ser mais rastreada (se bem que nunca foi, em governo algum);

- incentiva o fim da política de boa vizinhança (críticas e intromissões a governos da Venezuela, Argentina e Bolívia são constantes) e de relações exteriores, cujo ministro, Ernesto Araújo, insiste em atacar países por causa de regimes que ele e o chefe consideram de "esquerda, comunistas e fascistas" - coisas que desconhecem por completo - portanto, perigosos. Tal qual, a "vachina" e o vírus mortal
que insistem fazer parte de seus devaneios de uma grande teoria da conspiração;

- coloca o Brasil no rol de futuros países párias, os quais terão muita dificuldade de se reerguer após a pandemia por ações desastradas de governos sem credibilidade alguma, por conseguinte, capazes de prejudicar os demais;

- interfere, de todas as maneiras, na harmonia e independência dos outros Poderes, atuando e decidindo no Supremo (quase consegue); na PGR (consegue) e no Congresso (pule de dez);

- politiza e partidariza tudo, até ações de prefeitos e governadores empenhados em salvar vidas num momento de grave crise sanitária;

- considera prioridade número um a economia esquecendo-se, ou fazendo-se de bobo (coisa que não tem nada) de que a vida vem em primeiro lugar.

Finalmente, se é que o atual governo não possa atingir o fim que milhões de brasileiros gostariam de ver antes do fim, é esperar o que sairá da cabeça dos juízes do STF e, na pior das hipóteses, das urnas em 2022 quando o país poderá dar um basta a históricos de corrupção e extremismos como aqueles que vêm preenchendo e manchando nossa imagem.Como agora. Há décadas.