quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

LOUCO NEGACIONISMO

Vivemos a maior crise sanitária e financeira de todos os tempos, e o presidente Bolsonaro nega. Durante três décadas, praticou - e parece ter ensinado direitinho à família - uma das formas mais claras de se apropriar de dinheiro público, através das chamadas "rachadinhas" e nega, peremptoriamente, ser corrupto. Diz, desde a campanha eleitoral, que abomina a velha política, aquela do toma lá, dá cá, e cai de cabeça em cima dos congressistas oferecendo cargos e bilhões de reais (recursos vindos das emendas parlamentares) para alcançar seus objetivos (aliás, como vem fazendo para eleger, principalmente, o sucessor de Rodrigo Maia à frente da Câmara). Com mais de 180 mil mortos pela Covid-19, Bolsonaro diz que " a gripezinha tá passando", não evita o distanciamento, incentiva aglomerações, quase não usa máscara e, assim que tiver um plano de vacinação (que o governo ainda não tem), ele " não vai tomar". Sem falar em outros impropérios do tipo " temos de deixar de ser um país de maricas"; "E daí"?, para o avanço da doença"; vacina obrigatória só aqui no Faísca" (cachorro); "vamos todos morrer um dia", além de "prescrever" medicamentos sem nenhuma comprovação científica, negando a própria ciência como tem feito desde o início da pandemia. Se tudo isto não é prova cabal de um perigoso negacionismo e que o presidente Bolsonaro precisa ser contido em seus acessos de puro desequilíbrio, só nos resta contabilizar muito mais perdas de vidas, de empregos, de credibilidade perante ao mundo e aceitar, passivamente, o que sugeriu seu ministro da Saúde: Pra que 'essa' angústia? Pra que 'essa' ansiedade?