O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli,
entregou o diploma a presidente Dilma Rousseff dircursando que sua
reeleição 'era uma página virada e não haveria terceiro turno'.
Arrogantes, suas palavras pareciam querer dizer que tinha cumprido com o
dever. E calar a oposição, como se fosse possível. Primeiro, senhor
ministro, existem autoridades, de poderes distintos, com prerrogativas
distintas e muito abrangentes, de questionar aquele - ou qualquer outro -
pleito e, até, votar um impeachment. Se for o caso. Em segundo lugar,
não faltam motivos para a população duvidar de coisas relacionadas
ao governo (embora os tribunais sejam independentes), inclusive da
reeleição de Dilma, haja vista a compra do voto de parlamentares (
mensalão), os maus e escusos negócios envolvendo a Petrobras, as falas
de Dilma e de Lula de 'que farão o diabo', vultosas quantias circulando
pra lá e pra cá, em cuecas e calcinhas, só para citar alguns malfeitos.
Finalmente, senhor presidente, a população, principalmente aqueles mais
de 50 milhões de eleitores que votaram contra o governo e/ou se
abstiveram, ainda ficam com a pulga atrás da orelha com a indicação de
um advogado do PT e do ex-presidente Lula como ministro do STF e, agora,
a presidir o TSE. Isso é natural e, usando suas próprias palavras, faz
parte do imaginário do povo. Não que o senhor seja incompetente,
desonesto ou esteja contrariando a lei. Mas que as atuais formas de
nomeação são antiéticas, no mínimo, são.