quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

PANORAMA

SEM MORAL

O governo ilegítimo, amoral e imoral do senhor Temer teima em fazer reformas que ninguém quer ( ou quase ninguém pois, como sempre, existem umas poucas exceções, neste caso pessoas ligadas ao setor de previdência privada, etc). Como a da Previdência, que insiste baseado na tese de que não haverá como se fechar as contas nos próximos três, quatro anos. Só que tá todo mundo mais do que careca em saber que o instinto de sobrevivência da bandalheira política brasileira sempre fala alto, isto é, deputados, senadores, boa parte do Judiciário e a poderosa classe unida dos grandes empresários - corruptos e sonegadores - deste País querem garantir seus ganhos, suas mordomias, suas mamatas, enfim, a proteção para que a prática do toma lá dá cá, do meu pirão primeiro e a sujeira e as grandes desigualdades continuem. Se sobrou um pouco de sobriedade e coerência em alguém da República que, pelo menos,  se espere a definição do processo eleitoral - esperamos, com a entrada de representantes novos, sem os vínculos e vícios ligados ao casuísmo e aos interesses pessoais - quando poderá haver, também, o respaldo necessário para o diálogo com a sociedade. Apesar de a justificativa de se implantar um modelo de previdência mais moderno e eficiente, só com um chefe do Executivo consagrado nas urnas haverá apoio suficiente para propor mudanças profundas que mexerão diretamente com a vida de milhões de brasileiros. Sendo assim, não será o governo incapaz, perdulário e golpista de Temer que conseguirá fazê-la. Nem em fevereiro, nem em junho, nem em qualquer sessão de qualquer madrugada de 2018.

TORRE DE BABEL


Enquanto Temer, Meirelles, Padilha, Moreira e, agora, um tal de Marun ( aquele que costuma zombar da população cantando a música de Benito de Paula 'tudo está em seu lugar') tentam cooptar mais 'bravos - e caros - companheiros para a aprovação da Reforma da Previdência, o presidente 'zóio grande' da Câmara, Rodrigo Maia, (DEM-RJ), deu um ultimato ao presidente Michel Temer: ou ele reúne os 308 votos necessários para aprová-la em fevereiro ou não vota mais este ano. O recado foi dado durante café da manhã promovido nesta quarta-feira (31), em Brasília, pela Associação Brasileira de Relações Institucionais (Abrig). O pré-candidato balão de ensaio e, pra lá de assanhado, presidente, vem falando grosso que “não dá para carregar isso para além do mês de fevereiro”.
-Votou em fevereiro, votou. Não votou, será a agenda da eleição. Aqueles que até não queiram discutir na eleição, é melhor votar alguma coisa agora”, afirmou. Mas ele vem alfinetando o governo de várias formas, dizendo que o governo  falhou na comunicação com a sociedade sobre a necessidade de se aprovar com urgência a reforma previdenciária. Na visão dele, o Executivo não conseguiu convencer a população de que o rombo da Previdência é inadministrável e precisa ser atacado imediatamente. Também condenou o governo por ter cortado linhas de crédito da Caixa Econômica Federal para a área de saneamento, o que pode ter atrapalhado alguns 'negócios' da família Maia. 

 PESOS E MEDIDAS

O jornal Folha de São Paulo acaba de soltar uma pesquisa DataFolha de intenção de voto para presidente (o primeiro turno da eleição será no dia sete de outubro) e, pasmem, com as muitas ignomínias que o cercam ao longo das décadas, ele teve a coragem de  apontar a vitória de Lula, um condenado até em segunda instância e prestes a ser preso. Mas em se tratando daquele veículo, suas pesquisas políticas quase sempre são parciais e a serviço do PT, a começar com o rol de perguntas, muitas vezes induzindo a resposta do entrevistado, como no caso em questão. Seu valor seria quase que equivalente a previsões astrológicas pois quem conhece um pouco de estatística ri dos supostos percentuais de acerto que acompanham tais resultados. O que vale para uma amostra uniforme é extrapolado para algo fluído e constantemente mutante como a opinião pública, mas isto não parece ser importante para A Folha de S.Paulo que insiste em dizer que o ex-presidente ainda tá vivinho da silva.

PAÍS DAS FESTAS

Talvez o maior problema do Brasil não seja só a corrupção. Existe um outro, igualmente, gravíssimo que é o desinteresse pela política e por tudo que a cerca. Pelo menos em boa parte do ano.  Conforme nosso tradicional costume, saímos das festas de fim de ano, engatamos nas férias escolares e, agora, vive-se o período pré-carnavalesco quando ocorre uma espécie de paralisia de decisões que tanto na gestão pública como na atividade privada, teríamos de tomar. Depois vêm feriadões santos - ou outros profanos -, festas típicas, a copa do mundo de futebol e, só então, lá pra agosto ou setembro, portanto, há poucos dias das eleições, a maioria 'esclarecida' - ou não - procura saber pra onde ir. Essa nossa abulia comportamental, durante quase todo ano, não está ligada apenas à cultura de achar que política não importa tanto, que não adianta se mudar algo pois eles têm muito poder, etc. É que, nos últimos tempos, a coisa piorou tanto que conseguiu afastar ainda mais o eleitor de um processo que precisa, exatamente, deste desinteresse. Afinal, se não há cobrança e atenção permanentes, a possibilidade de os ratos proliferarem e transmitirem novas doenças é maior. Sendo assim, vamos, cada qual a sua maneira, exterminar mais e mais ratos...


CANA PRA LULA


Muitas são as perguntas da hora, isto é, aquelas que não saem da cabeça da maioria das pessoas que acompanham, minimamente, o cenário horripilante de muito caos e corrupção em que os políticos afundaram o País. Mas existe uma que supera todas: o ex-presidente Lula será preso? A cada dia a resposta se torna quase uníssona e apontando para uma única direção, qual seja, apesar de todo chororô do condenado, da petralhada e dos outros loucos que ainda pensam que a coisa é uma grande brincadeira, um faz de conta ao qual eles e muitos outros políticos estavam acostumados, uma grande armação para arruinar com o PT ( mais? impossível!) ou a Justiça vai se render ao pretenso e imaginado poder que insistem ter, o maior criminoso da história do Brasil está com os dias contados e a qualquer momento fará companhia a outros ladrões e traidores da Pátria. De nada vai adiantar fazer pressão sobre os outros graus , principalmente, o STF, que como a presidente Carmem Lúcia disse, " não irá se apequenar só para atender interesses surgidos após a decisão de prender condenados em segunda instância", tampouco querer dar uma de mártir e achar que organismos internacionais exercerão algum tipo de influência expressiva sobre nós (ONU, OEA, etc), pois os muitos brasileiros e brasileiras de bem (uns 200 e poucos milhões) estão mais do que convencidos de que " o cara" se aproveitou do cargo, do poder e da coragem que teve para fazer aquilo tudo que a Justiça provou que ele fez e muitas outras coisas que estão sendo investigadas para incluí- lo na Lei da Ficha Limpa, retirando- o de qualquer processo eleitoral e, melhor, trancafiando-o numa boa prisão de segurança máxima mostrando a todos que o crime não compensa. Agora é só uma questão de alguém dar o tiro de misericórdia ( no caso, uma canetada com a justa dosimetria) naquele que um dia conseguiu enganar tanta gente, usando de um partido que hoje ninguém mais duvida que foi criado para atender interesses particulares e transformar o País em mais um daqueles atrasados e malditos ditadores bolivarianos e comunistas da ilha cubana e daqui mesmo. Felizmente, a Justiça tarda mas não falha e em breve estaremos livres, de verdade, de pesadelos chamados Lula, PT e de todos os esquerdopatas inimigos do Brasil.

CALA A BOCA, MAGDA

A ex-quase-futura ministra do Trabalho, deputada Cristiane "Jefferson" Brasil (PTB-RJ) tem perdido a oportunidade de ficar quieta. Depois de ter cometido faltas graves em relação a direitos trabalhistas de ex-empregados - os quais nega peremptoriamente - ela viralizou um vídeo estranho, com uns caras estranhos, roupas e atitudes esquisitas, nas redes sociais, onde aparece falando uma série de impropérios, pasmem, contra a própria Justiça do Trabalho. "Todo mundo tem direito de pedir qualquer coisa na Justiça. Todo mundo pode pedir qualquer coisa abstrata. O negócio é o seguinte: 'quem é que tem direito?', ainda mais na Justiça do Trabalho. Eu, juro pra vocês, eu juro pra vocês, que eu não achava que eu tinha nada para dever para essas duas pessoas que entraram [com ação] contra mim. E eu vou provar isso em breve", declarou Brasil. Só que não, deputada. A senhora já foi condenada a pagar por seus erros (o tal do jeitinho brasileiro), recorreu, é verdade, mas não fica nada bem uma pretensa ministra falar mal, exatamente, de um ministério que existe para resguardar direitos, ou que existe pra isso. Mas aí é uma outra história...