O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, além de continuar fazendo pressão (leia-se forçação de barra) para ser "o candidato" do governo para disputar a presidência da República, em outubro, tem ido para frente das câmeras e microfones falar coisas que, na prática, é incapaz de realizar. Só para pegar um bom exemplo, ele não se cansa de vociferar que os muitos tributos são os verdadeiros vilões dos preços para os consumidores, mas nada fez, faz - e, certamente, não faria caso fosse eleito - de concreto para diminuí-los. À frente da Economia ele poderia começar a diminuir isto propondo, quem sabe, uma redução nos preços dos combustíveis. Nem precisaria ser nos moldes da gasolina americana, onde o galão (quase 4 litros) custa, hoje, US$2,30 enquanto a nossa sai a US$7, ou seja, quase 300% mais cara. Por quê? Por causa da elevadíssima carga tributária que o ministro e a maioria dos políticos sabem que não poderão diminuir pois nela estão embutidos, também, o preço da corrupção que todos temos de sustentar.
