quinta-feira, 7 de junho de 2018

BASTA DE VIOLÊNCIA, OK?

Esta semana, o Ministério da Saúde divulgou que o país teve, nos últimos 10 anos, uma taxa de homicídios 30 vezes maior do que toda Europa. Foram assassinadas 553 mil pessoas, segundo dados do 11° Anuário Brasileiro de Segurança apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Todos os estados que lideram a taxa de letalidade estão na Região Norte ou no Nordeste: Sergipe (64,7 para cada 100 mil habitantes), Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Pará (50,8), Amapá (48,7), Pernambuco (47,3) e Bahia (46,9). As maiores variações na taxa foram observadas em São Paulo, onde houve redução de 56,7%, e no Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 256,9%.
Juventude negra
A violência letal contra jovens continua se agravando nos últimos anos e já responde por 56,5% das mortes de homens entre 15 e 19 anos de idade. Na faixa entre 15 e 29 anos, sem distinção de gênero, a taxa de homicídio por 100 mil habitantes é de 142,7, e sobe para 280,6, se considerarmos apenas os homens jovens.
O problema se agrava ao incluir a raça/cor na análise. Nos últimos dez anos, a taxa de homicídios de indivíduos não negros diminuiu 6,8% e a vitimização da população negra aumentou 23,1%, chegando em 2016 a uma taxa de homicídio de 40,2 para indivíduos negros e de 16 para o resto da população. Ou seja, 71,5% das pessoas que são assassinadas a cada ano no país são pretas ou pardas
Feminicídio e estupro
A violência contra a mulher também piora a cada ano. Os dados apontam que 68% dos registro de estupro são de vítimas menores de 18 anos e quase um terço dos agressores das crianças de até 13 anos são amigos e conhecidos da vítima e 30% são familiares mais próximos como país, mães, padrastos e irmãos. Quando o criminoso é conhecido da vítima, 54,9% dos casos são ações recorrentes e 78,5% dos casos ocorreram na própria residência.
A coisa já ultrapassou todos os níveis de tolerância e ninguém ( pelo menos aqueles que deveriam e são pagos para criar leis sérias que inibam a criminalidade) faz nada. Ou muito pouco em relação ao estado de terror que vivemos e a estatística acima. A todo momento se faz contas e comparações alarmantes, mas os resultados práticos são insuficientes pois a violência cresce e os políticos só se manifestam a respeito em períodos eleitorais como agora. São poucas as propostas de verdade, corajosas e coerentes nesta direção como, por exemplo, tem feito o deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato a presidente, que a todo momento diz estar 'na luta para fazer diferente caso chegue lá', prometendo não se preocupar com grupos que, enquanto se mata tanto no País, demagogicamente, falam em direitos humanos e usam outros argumentos para justificar a barbárie. Já passou da hora de alguém extirpar o mal e fazer com que a maioria do Congresso Nacional  - não este que chegou ao fim - aprove medidas drásticas para diminuir a criminalidade, inibindo, pelo menos, os terríveis índices demonstrados pela pesquisa mais recente do Ipea e Bolsonaro, que aparece em primeiro lugar nas intenções de voto, ou qualquer outro que vença em outubro, faça 'diferença' e trate adequadamente quem não pode viver em sociedade. Isto mexendo, por exemplo, nas leis, dando maior poder e agilidade ao Ministério Público; parando de 'perseguir' policiais que, ao ousarem defender sua vida e a de alguém em perigo, ao confrontar os 'coitadinhos desfavorecidos sociais' ainda sofrem punições e são atacados pela gangue dos direitos dos manus e pelos esquerdopatas; o direito de a população dizer se é contra ou a favor ao porte de arma de fogo ( quem sabe um plebiscito contendo esta e outras propostas?), etc. Talvez, assim, comecemos a não superar o número  de todos os atentados terroristas - qualquer um - como o ataque ao World Trade Center, em Nova York, em 2001, a explosão de um Boeing 747 no ar, no caminho do Canadá para a Índia, em 1985, o atentado durante o show de música pop em Manchester, na Inglaterra, em 2017, o sequestro de uma escola inteira em Beslan, em 2004, os quatro atentados simultâneos com bombas no Iraque, em 2007, a detonação de bombas dentro de uma redação de jornal em Trieste, na Itália, em 1920, nem somar os mortos de cada ataque já realizado na história, incluindo os corpos dos próprios terroristas que são apenas três anos de homicídios no Brasil. O total de vítimas da soma de todos os atentados já registrados até hoje está em 180 mil pessoas – sendo 140 mil delas a partir do ano 2000.Na taxa de mortes em relação à população, somos o 9º país mais violento do mundo. Ganhamos de todas as nações da África e também do Oriente Médio. Nossos mais de 59 mil assassinatos significam 161 mortes todos os dias. É mais do que o dobro do registrado, por exemplo, na Síria, que desde 2011 enfrenta uma guerra civil. Morreram ali, em 2016, 27809 pessoas, ou 76 por dia. Somados quatro anos em sequência, 2011 a 2015, também ganhamos dos sírios: 279 mil mortes violentas no Brasil, contra 256 mil mortes na Síria.
Também ganhamos do Iraque: morreram assassinados, em 2016, 6.878 civis, o equivalente a 18,4 mortes por 100 mil cidadãos. O Iraque precisa somar todas as mortes violentes de civis, de 2008 a 2016, para chegar a 54 mil corpos – pouco menos do que acumulamos em um ano.
  No Brasil, todos os anos, acontecem em torno de 57 mil homicídios. Os métodos dos terroristas são muito variados. Eles podem sair atirando, ou esfaqueando. Roubar caminhões e jogá-los contra pedestres indefesos. Sequestrar aviões e lança-los contra prédios. Podem detonar granadas. Encher vans de explosivos. Detonar bombas presas aos próprios corpos. Tudo com o objetivo de atingir vítimas civis, inocentes, e assim provocar medo. No Brasil, as mortes são mais banais: armas de fogo são usadas em dois terços dos assassinatos, que normalmente acontecem em consequência de desentendimentos pessoais. E é isto que ninguém aguenta mais, pois o Brasil, embora não tenha 'terrorismo' ou esteja em guerra contra religiões e inimigos de fora, vive um terror sem fim e trava sua pior guerra civil, desumana, como sempre, e covarde com pessoas acuadas, desarmadas e despreparadas de um lado e animais cruéis e dispostos a tudo do outro, muitas vezes, com a complacência, a benevolência de leis ultrapassadas e que os beneficiam.