A despeito de todos os graves problemas que vêm acontecendo em Niterói,
como absurdos reajustes salariais de vereadores, feitos quase na calada
de uma noite de Carnaval ( pasmem! 50%); aumento da criminalidade, com
cenas de bandidos fortemente armados fazendo
grandes estragos em áreas nobre que, além do pânico, viralizaram nas
redes sociais; prisão do próprio prefeito acusado por suposto
envolvimento na Lava Jato e tantos outros aspectos negativos
relacionados à política que vem sendo praticada, pelo menos acende-se
uma luz no fim do túnel em relação ao bom senso, à previsibilidade e ao
futuro daquele que já foi considerado um dos municípios brasileiros com
maior qualidade de vida. É que Niterói acaba de criar o Fundo de
Equalização de Receita, uma espécie de poupança
com recursos oriundos dos royalties do petróleo, uma fortuna recebida
que representa, hoje, aproximadamente, 43% de sua receita provenientes
da Bacia de Campos. Pensando no futuro, já que o Brasil é um País onde
tudo pode acontecer numa simples mudança e no
estalar de dedos da classe política e, principalmente, por ser um bem
finito, cria-se um fundo, através de emenda à Lei Orgânica ( evitando
ter de ser " negociada" com a Câmara que poderia querer pleitear o mesmo
de sempre, isto é, vantagens pessoais), que
pelo menos trará mais segurança para as gerações futuras se apropriarem
das riquezas geradas pelos royalties do petróleo. Uma medida justa e
necessária que, se não for desviada para outras finalidades, pode fazer
uma grande diferença quando esta fonte diminuir
ou secar, além de servir de exemplo para outros municípios que vêm
fazendo estrepolias e gastos desnecessários com o dinheiro público que
vem da terra, do ar e do mar.