De 23 a 26 do próximo mês, os eleitores de todos os países membros da UE
poderão escolher quem serão seus representantes no Parlamento Europeu.
Como acontece em todo processo democrático que se preze, além da
escolha daqueles que vão dirigir os destinos da
população, ainda haverá a possibilidade de se definir que Europa querem
nos próximos anos. Quem percorre o Velho Continente e, como eu, não
está - nada - acostumado com este modelo de processo eleitoral, nível
dos debates ( às vezes a temperatura sobe um
pouco, como vi dia desses na TV italiana) e a maneira como se comportam
os que se sentem "empregados" do povo ( sim, na Europa não tem essa de
se sentirem " deuses" como os membros dos Três Poderes, as vossas
excelências que fazem estripulias, tripudiam os
eleitores/contribuintes e fazem outras " coisitas", não consegue-se,
nem de longe, pensar em algo parecido no Brasil. Pelo menos a curto
prazo. Sem querer comparar alhos com bugalhos, uma vez que as culturas
são, sim, bem diferentes, a idade dos continentes
e o tempo que a Europa vive, democraticamente, e outras formas de se
justificar o que acontece no Brasil, o que se quer é seriedade na
aplicação das leis, rapidez no julgamento para que o eleitor não fique
constrangido por jogar o voto no lixo, que só possam
participar de um pleito quem tem ambas as mãos limpas ( às suas e as
dos demais membros da família para acabar com a história de manter o
poder a qualquer custo desde que seja para sua casta e, principalmente,
que aprendamos, todos, a ter mais vergonha na
cara. Já é hora de o Brasil ser visto por aqui como um país onde chefes
de Executivo, políticos em geral e togados fazem o que querem e,
errados ou certos, vencem sempre. E tentem nos calar para sempre.
Portão de Brandemburgo
Sede do Parlamento Alemão (antigo edifício do Reichstag)