segunda-feira, 17 de abril de 2023

MILICIANOS

Se todas as provas de crime eleitoral contra Bolsonaro não servirem para torná-lo inelegível, o processo eleitoral brasileiro corre seríssimo risco de tornar oficiais a compra de voto, as "milícias' digitais e as que dão às autoridades poder para intimidar, principalmente, os mais vulneráveis. Aliás, como fizeram, em outubro passado, milicianos travestidos de servidores públicos, com carteira de polícia, armas e "legislação" prontas para, com o uso de tal força, impedir o direito constitucional de se votar em quem quisesse. Se nada de efetivo for feito, por exemplo, com empresários que patrocinaram vários golpes, nas ruas, nas redes e entre os poderes, com as instituições que fizeram jorrar benefícios, bem como contra o próprio ex-ministro da Justiça, Anderson Torres e seus comandados, as eleições municipais do ano que vem poderão levar prefeitos, vereadores e suas máquinas a cometerem abusos tão ou mais graves que aqueles de Bolsonaro e os contaminados pela (discutível) causa da reeleição.