De tanto declarar seu apoio a bombeiros e policiais, o deputado Garotinho (PR-RJ) está arcando com o ônus das greves destes profissionais. Em seu estado, prestes a acontecer, e até a da Bahia que parece perdurar mais alguns dias. Estão debitando em sua conta até mesmo contatos feitos entre líderes dos dois movimentos e isto é uma grande injustiça. Não que o ex-governador seja santo (sabemos como são os políticos) e não esteja 'inspirando' pessoas e grupos, mas se esquecem de falar que a maior origem de tudo isso foi a própria Proposta de Emenda Constitucional, a chamada PEC-300 que cria um piso nacional para policiais e bombeiros militares, promessa de campanha da presidente Dilma, seu partido e aliados e está 'parada' na Câmara. Não discuto a legalidade ou não da paralisação, se eles têm ou não este direito, tampouco a tese do presidente da Casa, Marco Maia, para o qual a proposta trará impacto brutal nas contas do país e dos estados. O que a sociedade questiona é se movimentos como estes, envolvendo segurança pública, devem acontecer em períodos como o Carnaval, praticamente com todo o efetivo e deixar à mercê tanta gente? Pois, sendo assim, a greve corre o risco de ser esvaziada, angariar antipatias ou provocar males ainda maiores.
