Semana que vem, quando a classe política deverá manter a tradição de
(re)iniciar os trabalhos legislativos, depois do recesso imposto por
Momo, a tal da Reforma da Previdência Social - já chamada pela
maioria de maldita e 'da Morte' - tomará quase todos os espaços
dedicados às discussões sobre possíveis mudanças no sistema de
pagamentos aos milhões de brasileiros e brasileiras que contribuíram,
durante anos e anos, e, agora, têm direito a receber parte (diga-se de
passagem, bem pequena e injusta) através dos 'benefícios' que um
Congresso, maldito, da Morte e, como quase sempre, corporativo e
comprado, quer, praticamente, aniquilar, extinguir, no mínimo, colocar
como o salvador de um rombo que, até eles sabem, não existe. Nunca
existiu de verdade. Durante muito tempo, temos usado este precioso
espaço para mostrar que o problema não consiste em um grande
déficit da Previdência e, sim, num grande rombo deixado pelos que não
honra(ra)m com seus compromissos - a exemplo do que são obrigados a
fazer aqueles que trabalham para ter uma vida um pouco mais digna - isto
é, muitas das maiores empresas brasileiras que sonegam, fraudam, não
pagam o que devem a todos nós, desviando os recursos multimilionários e
suficientes para nos devolver parte do que é nosso. Com fazem alguns dos
verdadeiros vilões, os inimigos do Brasil, os Lesa-Pátria, os
'malandros' que a maioria dos congressistas parece disposta a proteger,
como a Vale do Rio Doce, a Friboi, a JBS, o Itaú/Unibanco, o
Bradesco, os antigos Banco do Ceará, TV Manchete e Companhia de Aviação
Varig e até a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil que ajudam
a acumular uma dívida de R$ 426,07 bilhões, quase três vezes o atual
denominado déficit do setor, cerca de R$149,7 bilhões no ano passado.
Como se pode constatar, o déficit da previdência é um discurso
ideológico que não respeita a Constituição e o mais novo golpe do PMDB -
alicerçado, todo, pelo PT e seus puxadinhos - do presidente
Michel Temer, Renan Calheiros, Romero Jucá, Moreira Franco, José Sarney,
entre outros, que muitos ajudaram a ascender ao poder mas que começam a
se arrepender amargamente. Para quem ainda tem dúvida, há uma lista de
devedores de mais de 500 nomes de empresas públicas, privadas,
fundações, governos estaduais e prefeituras que devem ao Regime Geral da
Previdência Social feita pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
(portanto, não é coisa dos cães raivosos do PT ou dos reacionários da
internet que eles costumam dizer que não têm responsabilidade com o
País). É um trabalho sério de gente séria da Dívida Ativa da União, por
exemplo, que verificou que, desde a década de 60, existem débitos de
devedores de vários tipos, desde um pequeno a um grande, e entre eles há
muita variação de capacidade econômica e financeira, suficientes para
impedir mais esta covardia contra quem não tem nada a ver com a
roubalheira praticada contra quem contribuiu - e ainda contribui - com
um sistema que não faz favor algum quando tem de devolver parte do que é
seu por direito.