quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

INSULTOS DE NATAL

Muitas são as perguntas que todos se fazem quando trata-se do Supremo Tribunal Federal (STF), sua importância, seu custo, seu verdadeiro papel e o porquê de a maioria dos ministros poderem, praticamente, tudo quando refere-se a dizer quem cometeu crime e definir o veredicto, além da prerrogativa de contrariar o que parece óbvio para a maioria dos 'mortais' (aliás, algo que eles têm a certeza de não ser). Vejam o que faz, por exemplo, Gilmar Mendes - e o que não faz a presidente Carmém Lúcia e outros pares que só dizem amém - ao conceder "Insulto" de Natal a Adriana Ancelmo, esposa do arqui-inimigo do Rio e da Nação, Sérgio Cabral, determinando seu recolhimento domiciliar por ter filhos menores de idade (só no Rio existem 326 presidiárias com filhos menores de 12 anos),  a rejeitar denúncias contra o senador Benedito de Lira, os deputados Arthur Lira, Eduardo da Fonte e José Guimarães e a suspender inquérito contra o governador do Paraná, - e agora vice-presidente do PSDB - Beto Richa, tudo isto esta semana e, no caso dos políticos, sob a alegação de que "não haviam indícios mínimos de prova que justificassem a instauração de ação penal". Como diria um conhecido apresentador de TV: tá de brincadeira? As atitudes, no mínimo, estranhas e imorais de Gilmar - também conhecido como 'o mais eficiente laxante da justiça brasileira', além de muito estranhas, já que possui inúmeras ligações com pessoas ligadas aos mais variados crimes de corrupção como, por exemplo, a Lava Jato, bem como alguns de seus negócios empresarias receberem verbas governamentais (em dois anos, repasses aumentaram 1.766%), deveriam, fôssemos um país sério e tivéssemos um Supremo à altura, levar este douto senhor a ser julgado pela história atual. A de hoje, a de agora. Não àquela que quando chegar deverá dizer que Gilmar Mendes foi um ministro do STF com notável saber jurídico mas que nunca se sentia impedido de julgar nada nem ninguém, tripudiava encima das pessoas e até das próprias instituições e colegas e sempre se considerava acima de qualquer suspeita. Ou que cometeu tais e quais crimes de conduta, de responsabilidade e outros que, porventura, possam ser revelados. Mas que a população brasileira atual, de hoje e de agora, vê como ele é, o que pensa e o que faz quando ri da desgraça alheia, protegendo os seus supostos interesses. A mesma que exige um julgamento imediato para ele e para qualquer outro que possa ter contrariado a lei dos homens.