ENGODO ELEITORAL
PAI DE SANTO
E por falar em mudança, engodo, traição, oportunismo e na convenção do PMDB, que voltará
a se chamar apenas MDB (Movimento Democrático Brasileiro), mesma sigla
adotada durante o período do bipartidarismo chamado pelos 'notáveis do
partido de ditadura militar ' (1964-1985), uma cena marcou
o evento e ganhou destaque em jornais de todo País pelas gargalhadas
que proporcionou. Foi quando Pai Uzêda, conhecido pai de santo do
Congresso Nacional, subiu ao palco logo após a chegada do presidente
Temer e usou folhas de guiné para afastar o mau olhado do presidente
dizendo que ele estava sendo vítima de 'muita macumba' e que o
'trabalho' feito contra o peemedebista ( ou emedebista, caso a 'marca'
já tenha sido registrada) era para matá-lo, por isso ficou doente. E
para os milhões de brasileiros e brasileiras que Temer e sua quadrilha
vêm matando de fome, no SUS e de raiva, Pai Uzêda? Não tem um jeito pra
acabar com a mandinga, não?
CARA DE PAU
Durante o 'momento de fé' que aconteceu na armação, ops,
convenção do PMDB, com Pai Uzêda dando a bênção a Temer, muitos outros
lances pitorescos aconteceram para comprovar que era tudo um grande
espetáculo mesmo. Para se ter ideia, Temer não iria e acabou "fondo" -
como diria o ex-jogador Fio, do Flamengo -, o Pai de Santo subiu para
defumar, benzer, tirar tudo de mal do presidente após driblar a
segurança e o líder do governo, o senador impoluto e muito família,
Romero Jucá, fazer sinal com o dedo indicador que o curandeiro era
doido. Mas vamos aos verdadeiros fatos: Pai Uzêda concorreu ao cargo de
vereador no Rio de Janeiro, em 2016, pelo Partido Progressista e pode
estar querendo se filiar ao 'novo partido' pelos minutos de fama que
ganhou. Segundo a coluna "Expresso", da Revista "Época", ele teve sua
hospedagem - quatro diárias e alimentação de Roberval Batista de Uzêda,
52, vulgo Pai Uzêda - em um hotel quatro estrelas de Brasília faturadas
em nome do diretório nacional do PMDB, que também hospedou outros
participantes do evento. Ô glória! Ô farra de dinheiro (certamente,
público)! Ô armação! Ô velho PMDB de sempre!
A JUSTIÇA QUE QUEREMOS
Muitas são as perguntas que todos se fazem quando trata-se do
Supremo Tribunal Federal (STF), sua importância, seu custo, seu
verdadeiro papel e o porquê de a maioria dos ministros poderem,
praticamente, tudo quando refere-se a dizer quem cometeu crime e definir
o veredicto, além da prerrogativa de contrariar o que parece óbvio para
a maioria dos 'mortais' . Vejam o que faz, por exemplo, Gilmar Mendes -
e o que não faz a presidente Carmém Lúcia e outros pares que só dizem
amém - ao conceder "Insulto" de Natal a Adriana Ancelmo, esposa do
arqui-inimigo do Rio e da Nação, Sérgio Cabral, determinando seu
recolhimento domiciliar por ter filhos menores de idade (só no Rio
existem 326 presidiárias com filhos menores de 12 anos), a rejeitar
denúncias contra o senador Benedito de Lira, os deputados Arthur Lira,
Eduardo da Fonte e José Guimarães e a suspender inquérito contra o
governador do Paraná, - e agora vice-presidente do PSDB - Beto Richa,
tudo isto esta semana e, no caso dos políticos, sob a alegação de que
"não haviam indícios mínimos de prova que justificassem a instauração de
ação penal".
TÁ DE BRINCADEIRA?
Mas quando se fala no STF de Gilmar Mendes e em suas tresloucadas decisões que também concederam habeas corpus a
criminosos como Roger Abdelmassih, Eike Batista, Jacob Barata, José
Riva (maior ficha suja do Brasil) e Garotinho (que acaba de ganhar as
ruas), bem como outras referentes a manter Sérgio Cabral no Rio, logo
surge o bordão de Datena, conhecido apresentador de TV, que não sai da
cabeça de ninguém. As atitudes, também estranhas e imorais do juiz-
também conhecido como 'o mais eficiente laxante da justiça brasileira',
além de muito estranhas, já que possui inúmeras ligações com pessoas
ligadas aos mais variados crimes de corrupção como, por exemplo, a Lava
Jato, bem como alguns de seus negócios empresarias receberem verbas
governamentais (em dois anos, repasses aumentaram 1.766%), deveriam,
fôssemos um país sério e tivéssemos um Supremo à altura, levar este
douto senhor a ser julgado pela história atual. A de hoje, a de agora.
Não àquela que quando chegar deverá dizer que Gilmar Mendes foi um
ministro do STF com notável saber jurídico mas que nunca se sentia
impedido de julgar nada nem ninguém, tripudiava encima das pessoas e até das próprias instituições e colegas e sempre se considerava acima de qualquer suspeita.