domingo, 22 de novembro de 2020

FESTAS POLÍTICAS


Após mais uma eleição municipal, considerada a "festa da democracia", o que deve nos preocupar não é a vitória dos vereadores LGBT's, pois a lei os protege e as escolhas - deles e dos eleitores -são livres; não é a palhaçada feita pelos candidatos durante as campanhas, nem os nomes utilizados do tipo "Kid Bengala", "Capitã Cloroquina", "Zé Rolão", "Pica", "Cagado", "Donald Trump Bolsonaro", etc., uma vez que a legislação também permite o registro; nem o novo recorde para nulos, brancos e abstenções. O que tem de ser encarado com muita seriedade é o que acontece depois da posse, quando milhares de "representantes" vão gastar dezenas de milhões de reais com salários, gabinetes, assessorias e outras verbas para fazer o que faz a maioria dos parlamentares brasileiros: pouco ou quase nada para melhorar a vida dos cidadãos. Sem falar na retroalimentação da cadeia da corrupção e da submissão ao Executivo, além do toma lá, dá cá - outra marca da política nacional -,"festas" que, pelo que se vê, estão muito longe de acabar.