terça-feira, 24 de novembro de 2020

HOMEM DE COR

É, general Mourão. Eu e a maioria do País esperávamos muito mais de "você" (uso este tratamento porque somos da mesma geração e, como cidadão brasileiro e graduado e pós-graduado em Comunicação e Psicologia, me sinto no mesmo patamar moral e intelectual de um Quatro Estrelas oriundo de uma Academia quase levada à condições tão desonrosas pra quem honra a farda de Caxias ). Nunca imaginei que um ocupante de um 'posto' tão importante como o seu se submetesse à velha política e a mais profunda submissão a um capitão inexpressivo de um governo perdido que, numa guerra, teria levado a um grande massacre. E à derrota. Submissão esta que, inclusive, o leva a, tal qual seu " líder", insinuar que no Brasil não há racismo e que, o episódio do assassinato do cidadão " de cor" no Rio Grande do Sul, seu Estado, se deu por equívoco. Submissão esta que, justamente, " você", um homem da cor do Brasil miscigenado pelo índio e pelo negro (suas origens) e pelo branco, tem aceito sem qualquer reação digna da cor verde-amarela. Uma submissão tão grande quanto àquela em que vem passando as famílias de 170 mil brasileiros mortos pela Covid-19 e pela grave crise sanitária, financeira, institucional, política e de valores éticos, além dos problemas relacionados à ideologia de gênero, à raça, à religião pelos quais o Brasil vem sofrendo por causa de escolhas feitas por você - vice-presidente da República Federativa do Brasil - e por seu "chefe" e comandante da política velha, carcomida e, muito provavelmente, corrupta e de mãos sujas, como o controlador, Jair Messias Bolsonaro. Uma pena que seja assim. Um general batendo continência para um capitão (de milícias) e ainda ser obrigado a arrastar soldados extremistas para o precipício.