Mais uma vez, o governo brasileiro dá um mau exemplo. A afirmação do ministro Celso Amorim, "o barato sai caro", para justificar uma possível aquisição de 36 caças franceses para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB), não deixa dúvidas. Quando existem fortes interesses, usam a chamada decisão política para beneficiar determinado concorrente, mesmo em detrimento de regras estabelecidas e parecer técnico produzido para subsidiar a decisão final. Na administração pública, a aquisição de bens ou serviços é regida por leis e o país não é do PT, de Lula ou de qualquer outro partido ou dirigente. A transparência e o bom senso devem prevalecer e ficar acima de qualquer suspeita.