Quando vemos cenas de violência, nosso corpo reage. O coração acelera, a pele transpira, sentimos um frio na barriga. São essas sensações que nos diferenciam dos psicopatas. O cérebro deles não apresenta alterações estruturais, mas funciona de forma diferente. Para o professor de neurologia Benito Damasceno, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), esses indivíduos têm uma linguagem normal, uma memória normal, raciocínio lógico normal. O problema é que ele viola as normas morais e sociais”, afirma. A estrutura da nossa personalidade é formada até os 8, 10 anos de idade, principalmente. Nessa fase, a criança precisa se sentir amada, protegida e, acima de tudo, receber limites e aprender a seguir regras. “Pais que não colocam limites nos filhos, que deixam os filhos fazerem tudo o que querem, que vêem a criança destruindo objetos e não se importam, esses pais estão criando futuros psicopatas”, afirma a psicóloga Maria de Fátima dos Santos. Por 20 anos, a psicóloga trabalhou no sistema prisional e avaliou criminosos que haviam cometido estupros e assassinatos em série. Segundo ela, 95% deles são psicopatas e a grande maioria sofreu violência na infância”, diz ela. De acordo com os especialistas, 30% das pessoas são psicopatas. Gente que transgride regras, costuma ser agressiva, de humor inconstante e tem dificuldade para controlar seus impulsos.
Do G1, com informações do Jornal Hoje