sábado, 21 de janeiro de 2012

BURROCRACIA NA SAÚDE

A morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, está causando o maior ti-ti-ti em Brasília. Até a presidente Dilma Rousseff entrou na história, pedindo a intervenção imediata - e pessoal - do próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que vai exigir explicações das instituições acusadas de não querer atendê-lo por razões meramente burocráticas, já que os hospitais exigiram um cheque caução, mas como ele estava sem cheque, o atendimento foi recusado. Enquanto isso, ele voltou a infartar. E morreu. É muita hipocrisia. Digna das mais puras intenções petistas. Ora, presidente, todos os dias acontece isto com milhares de brasileiros, independente de terem ou não planos de saúde, caução ou qualquer condição para um atendimento. Digno ou não. Todos os dias, milhares de cidadãos são humilhados, eles e sua dor, com suas famílias, nas portas dos hospitais, nos corredores e nas macas (quando têm sorte) e a senhora sabe muito bem disso. Aliás, a senhora, seu antecessor, que dizia acreditar no SUS, caso ficasse doente, mas, hoje, trata de um câncer num grande hospital particular e toda a torcida de seu time de futebol. Tentam acobertar a doença na Saúde brasileira, justiça seja feita, desde o descobrimento, quando se trazia para cá as maiores moléstias, mas o que querem fazer, agora, no caso deste secretário, é demais. A cortina, dando conta de um possível racismo, é o mesmo que fazem quando deixam passar o cachorro e pegam as pulgas. Enquanto não se fizer uma 'faxina' na estrutura, mudar a mentalidade e o pseudosacerdócio de uma grande parte que atua na área médica, não só os da ponta, mas os da burocracia que tentam justificar os 'investimentos', teremos pessoas sendo tratadas como simples mercadoria e encaminhadas para os braços de um papa-defunto.