Este tem sido o slogan
defendido, nos últimos meses, por tucanos de norte a sul do país. Mas não adianta a ninguém de bom senso, que seja a favor do Brasil, mesmo, parte ou não do grupo de correligionários e admiradores do ideal social-democrata, ter - nem fazer - oposição por oposição. Principalmente, nos moldes daquela que se costuma ver quando a coisa não vai muito bem, quando a crise existe,
de fato, ou há menos de um ano das próximas eleições (vereadores e
prefeitos) - como agora - época em que os chamados 'oposicionistas' tomam os espaços
disponíveis para manifestar sua contrariedade a tudo e a todos que aí
estão e vêm com soluções 'mágicas', como se as pessoas ainda
acreditassem nelas. E em Papai Noel, para não perder a ocasião.
Impeachment ou qualquer outra forma de afastar e atrapalhar uma
autoridade, constituída, seja síndico de prédio, representante de associação de bairros, prefeito, governador, presidente da Câmara, do Senado ou até da República não pode prevalecer, nunca, sobre a vontade
popular, pois significa ir contra a Constituição e, muitas
vezes, criar, apenas, um caos ainda maior pois as leis surgiram,
exatamente, para resguardar direitos e impedir que se faça justiça com as próprias mãos - como
na Mesopotâmia, onde as primeiras sociedades adotaram o Código de Hamurabi ou Lei do Talião, baseada no “olho por olho, dente
por dente”-, o bel-prazer de oportunistas ou se
inventem 'estórias' que servem
apenas para servir a quem quer se beneficiar à custa do sofrimento alheio. Felizmente, muito tempo se passou e a democracia se consolidou na
maior parte do mundo (mesmo sendo este regime a pior
forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram
experimentadas, como dizia Winston Churchill), fazendo com que haja o direito à livre manifestação do pensamento e ao contraditório. Aliás, como propõe o
PSDB, sim, mas sem perder o foco, pois o partido não pode ser associado com
palavras como “golpismo” e “autoritarismo” e deve oferecer o que estiver ao
seu alcance para reverter esse quadro que a oposição à oposição tenta
pintar (PT e partidos da base alugada), englobando o campo social e
econômico, mostrando o atual cenário do país e quais os caminhos que o
PSDB defende. Além disso, retratar como o partido
reverteria a crise. A legenda pretende, também, terminar com a ideia de
que não aceitou a derrota de Aécio Neves nas eleições de 2014 e que, a
partir de então, se dedica, exclusivamente, a conseguir o impeachment
da presidente Dilma que, queiram ou não, é a mandatária (mesmo com todas as
deficiências morais e intelectuais) e mais de 50% da população lhe confiaram o voto (o que não significa que não possa renunciar, se for o caso, tampouco a justiça seja implacável, idem).
Sendo assim, deve-se parar de tentar 'derrubar' governos,
potencializar crises que já não estão fáceis de administrar, ficar de mexericos criando coisas e deixar a
disputa eleitoral para quando a primavera chegar. A crise existe - em
todas as instâncias - é inexorável, e será muito mais fácil
atravessar a tormenta se ao invés de somarmos nos dividirmos. Vamos
tentar, ao menos, controlar nossas emoções - as eleitorais, inclusive - começando por
fazer nossa parte dentro da comunidade, colaborando
para superar os problemas mais próximos objetivando ao crescimento
pessoal, da família, do vizinho, do colega de trabalho e de todos que
fazem parte do nosso universo, a começar pelo município do qual todos fazemos
parte. Diretamente. Como quer o PSDB. Como querem os amantes da ordem e do progresso. Como exige a democracia.