Esta tem sido uma das frases mais
ouvidas nos municípios brasileiros ( as outras são "Fora Dilma" e "Fora
PT"), principalmente nos que recebem royalties e vêm enfrentando a maior
crise desde a recessão de 2008. O problema existe, é real, pois estes
municípios dependem - e muito - do 'ouro negro' e, mesmo com a grande
oferta no mercado internacional, as previsões para o ano que vem são de o
preço do barril se manter baixo, assim como em 2015. Fora os outros
repasses prejudicados, por exemplo, pelo rombo nas contas do governo
federal (provocado pelas pedaladas e outros investigados pela Justiça),
as dificuldades do governo estadual e outros políticos que poderão
surgir. Aí, os prefeitos destes municípios continuarão a ter problemas.
Mas o que fazer? Fingir que nada está acontecendo, ficar alheio às
previsões sobre o Brendt, - barril de petróleo de referência na Europa -
que indica o preço do produto permanecendo na casa dos US$41, esperar
que se jogue lixo em suas portas, que o dinheiro caia do céu ou cruzar
os braços? Uma das respostas pode vir da prefeitura de Quissamã que,
mesmo sofrendo - como os demais municípios - um forte abalo vindo da
queda de arrecadação, tem procurado planejar e cumprir com o dever de
casa, mantendo a qualidade dos serviços públicos, cortando despesas, reduzindo gastos com pessoal (salários de
prefeito, vice, secretários e cargos comissionados), fazendo reforma
administrativa que, inclusive, prevê a diminuição do número de
secretarias, promovendo cursos de capacitação profissional, entretanto, mantendo, rigorosamente, em dia, os vencimentos e
benefícios dos servidores o que para um município pequeno (cerca de 23
mil habitantes) gera um forte aquecimento interno no comércio, uma das
grandes alavancas para quem deseja superar crises, além de um bem estar e
o otimismo entre as famílias quissamaenses que continuam acreditando na
superação dos problemas a curto prazo. Se isto, só, não resolve a crise
- e não resolve mesmo -, pelo menos não permite que se instale o caos,
com mais pessoas torcendo para o quanto pior melhor, como, aliás,
começam a fazer alguns já pensando nas eleições municipais de 2016.
Felizmente, uns poucos que não têm amor à terra, não usam da lealdade,
da verdade dos fatos e não estão nem aí pra nada. Só olham pro próprio
umbigo.