sexta-feira, 19 de maio de 2017

PANORAMA POLÍTICO

SENHA

Durante a última audiência com o juiz Moro, o ex-presidente Lula afirmou que existe um complô contra ele. Inclusive, seu nome é uma espécie de senha, durante as delações, visando mostrar que sabia de tudo e, consequentemente, incriminá-lo. Quem o 'cara' pensa que está enganando? Aos milhões de desempregados e endividados pelo estouro da bolha? Aos pelegos e políticos raivosos que acompanham os movimentos do PT? A imprensa mundial, uma vez que, segundo ele, a daqui 'está comprada'? Certamente, não ao Conde de Monte Cristo que, ressuscitado, também afirmaria : Lula é o dono do tríplex, do sítio de Atibaia, pela armazenagem de itens retirados do Palácio do Planalto e responsável pelo esquema de corrupção na Petrobras que colocou o País nesta situação.

DESCANSE EM PAZ

Lula pode até não ter roubado, ops, desviado, tudo que dizem que ele roubou, de novo o ato falho, desviou. Mas uma coisa ele fez durante o último depoimento em Brasília. Foi mentiroso e debochado como sempre, canalha, deselegante e até desumano quando, de maneira peremptória, afirmou que a propriedade do tríplex no Guarujá (conhecida como a "Pérola do Atlântico" devido às suas belas PRAIAS e belezas naturais) era de dona Marisa, sua falecida esposa que, além de estar se remexendo no túmulo, não consegue nem descansar em paz pois o Barba, o Brahma, o Chefe, o Nine - alguns dos muitos apelidos do ex-presidente - não deixa. Como se vê, o "Descanse em Paz,que o seu Lulinha paz e amor vai continuar brigando por você" vai ficar só na faixa e nos discursos pois o ex vai continuar a dizer que 'sua Galega' foi quem planejou tudo'.



REFORMA MORAL

Uma diz que vai melhorar a vida do trabalhador brasileiro e aumentar o número de empregos, mas, na verdade, a modificação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) vai retirar todos os direitos dos autônomos, possibilitar a precarização dos assalariados, permitir a negociação coletiva, pactuando o trabalho escravo, além de ir contra uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, que exige debate amplo e proíbe tramitação de urgência. A outra, a Previdenciária, esfacela a seguridade social como hoje conhecemos, a partir da constatação de que não se trata de uma proposta que visa ao equilíbrio financeiro do regime previdenciário atual, haja vista o governo ignorar os R$ 426 bilhões que não são repassados pelas empresas ao INSS e dar outras vantagens como o perdão da dívida de R$ 1 trilhão de grandes proprietários de terras e a adoção do Refis que propõe parcelar as dívidas de empresas em até 240 prestações. E ainda cortar 90 % das multas. Entre outras 'bondades' que, como sempre, beneficiarão os que mais têm. Enfim, ambas são tão draconianas que deveriam fazer com que as mobilizações populares voltassem às ruas tal qual as últimas que provocaram as maiores operações da Justiça visando o fim (ou a diminuição) das práticas de corrupção num País que precisa, urgentemente, de outras reformas sérias como a moral, da ética e dos bons costumes.

+ REFORMAS

E já que o verbo de ordem parece ser mesmo reformar, quando entra em pauta a do Código Penal que pode levar à diminuição da criminalidade que, por exemplo, mata 55 mil pessoas e desaparece com 200 mil, por ano (10% sequer reaparecem), estupra 100 mulheres por dia, roubando todos os nossos direitos de ir e vir? Quando será que outras, devidamente, engavetadas no Congresso Nacional nos permitirão sentir menos vergonha de ser brasileiro e receber de volta a maior carga tributária do planeta (aliás, quando será proposta a Reforma Tributária?), através de serviços públicos de qualidade, por exemplo, com uma Educação melhor e educada que represente mais ética entre os cidadãos; uma Saúde muito menos doente que previna e trate a todos que precisam, inclusive os reféns das drogas; transportes seguros e eficientes; salários dignos, assegurados por uma CLT mais apropriada para quem trabalha(ou) e Segurança que acabe com a guerra civil travada entre o poder paralelo e as forças policiais que também precisam de reformas urgentes? Com a palavra, os reformistas de plantão...


MÃE DILMÁ

Durante os quase cinco anos e meio (quase uma eternidade) em que Dilma Rousseff esteve presidente, uma de suas marcas foi a briga com a língua portuguesa e com o pensamento e raciocínio lógicos. As teorias sobre um Brasil e um mundo melhor até hoje fazem a festa nas redes sociais e nos palcos e programas humorísticos de norte a sul. Mas não é que Mãe Dilmá de vez em quando dava uma dentro. A mais surpreendente 'profecia' foi quando ele disse: "Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem quem perder, vai ganhar ou vai perder. Vai todo mundo perder". 


IMPEACHMENT GERAL

O grande Nélson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Alguém que olhe o quadro aterrador da política nacional, com os recentes escândalos de corrupção envolvendo alguns de seus mais importantes representantes, ainda duvida das sábias palavras do dramaturgo e que se gritar pega ladrão não fica um meu irmão? O batom na cueca do senador Aécio Neves (PSDB) e do presidente Michel Temer (PMDB), sem falar em toda cáca na fralda de Lula (PT), mostram que o Brasil precisa ser (passado a) limpo. Mesmo! E haja creolina, aromatizadores e esfregões para se usar depois que esta gente corrupta e suja for condenada.  

EXCEÇÕES

SIm, elas existem. Mas são tão raras e os escândalos envolvendo vereadores, do mais longínquo município, ao chefe máximo da nação, tão frequentes - e envolventes -, que poucos são os que escapam. E para piorar, ainda tem os quase 40 partidos registrados, com todo o arcabouço de corrupção, que contribuem, ainda mais, para a desconfiança geral. Sendo assim, fica difícil separar o joio do trigo e apontar aqueles que, porventura, permanecem puros, sem pecado e imunes de serem apedrejados. E  aptos a receber votos ano que vem. 

CONGRESSO SOB RISCO


A República agora parece que caiu. Mesmo. O vazamento das conversas do presidente Temer com o dono da JBS, Joesley Batista (na calada da noite e com uma intimidade inadmissível para um chefe de estado e em sua residência oficial), já que o empresário é um dos investigados pela Operação Lava Jato, mostra que o fechamento do Congresso Nacional pelo STF com apoio das Forças Armadas - como prevê a Constituição -  já não é mais algo improvável. Se havia um limite para os muitos desvios praticados pela grande maioria da classe política, ele foi ultrapassado, principalmente, nos últimos anos e não há outra alternativa para acabar com a corrupção endêmica se não cortar o mal pela raiz através de uma medida extrema. Ditadura, sim, mas para se mudar tudo e todos até que se faça uma nova eleição apenas com candidatos Ficha Limpa e com novas regras estabelecidas numa Reforma Política profunda feita por novos constituintes que também deverão ficar sob a égide de leis muito mais severas para quem rouba dinheiro público.