Tem muita gente com o pescoço na guilhotina e com a língua queimada
quando trata-se de analisar os primeiros quatro meses do governo de Jair
Bolsonaro, aquele que prometia " revolucionar", mudando tudo que estava
política, ideológica ou até constitucionalmente
errado, e aprovar leis - ou baixar medidas provisórias- como, por
exemplo, a do porte e da posse de arma para cidadãos de bem; rever a Lei
Rouanet; isolar a mídia tendenciosa; abrir a caixa preta do BNDES;
criar novos impostos para os muito ricos; socorrer
endividados ( rever a alta carga tributária) e aos empresários, de
imediato, para gerar empregos; diminuir o número de ministérios; acabar -
ou diminuir - com a velha política ( toma lá dá cá); dar total apoio
total aos superministros Moro e Guedes; extinguir
a TV estatal (NBR); deixar as investigações (do tipo COAF) cortar na
própria carne, se preciso for, etc. Mas é bom "já ir se acostumando "
pois, da cabeça e da cúpula dos ministérios, deverão sair mais coisas
bem na contramão das promessas de campanha.
Apesar do pouco tempo, têm sido muitas as denúncias ( possível laranjal
familiar), falas despropositadas, demissões/convites pra deixar o
governo, " fiz que ia mas não fui" e outras atitudes, no mínimo,
curiosas que quem apostava em algo, radicalmente, diferente
do habitual já começa a se arrepender. Mas nem tudo está perdido, uma
vez que todas as esperanças recaem nos contingencionamentos e nas
reformas ( pelo menos na da Previdência) que Bolsonaro e seus aliados
dizem ser a solução de todos os problemas. E, mais,
porque milhões de brasileiras e brasileiros continuam torcendo e
acreditando que pior do que estava não pode ficar. Tampouco, voltar a
ser igual aos últimos 20 anos de corrupção que reinou nos braços
criminosos do PT.