A maioria das entrevistas com os presidenciáveis na TV tem mostrado que o
objetivo é muito mais de massacrar do que permitir- lhes apresentar
suas propostas. O que vêm fazendo, por exemplo, os apresentadores do
Jornal Nacional - cujas perguntas a Ciro Gomes e Jair Bolsonaro indicam,
claramente, fortes tendências e preferências por candidatos do
"centrão" e, pasmem, até do "partidão" e do PT que sempre deram à Globo
muitas supervantagens - também mostra a intenção deliberada de mudar a
votação que os dois terão no dia sete de outubro, levando a um segundo
turno quando, quem sabe, podem surgir coligações e apoios que contrariem
interesses. Principalmente, Jair Bolsonaro que, mais uma vez, foi
atacado covarde, editorial e ditatorialmente - aliás, no plano de uma
mesma ditadura ao qual aquela emissora se acostumou desde quando seu
"dono", Roberto Marinho, fez pactos com os militares para atingir os
muitos objetivos e agora os empregados tentam omitir e negar - mas que
não pode se defender porque " o tempo acabou, as regras com os
assessores não permitem a apresentação de documentos", etc. Deve ser por
estas e outras que vem se discutindo a eficácia e qualidade de
sabatinas e entrevistas nos moldes do JN para candidatos à frente do
processo pois a experiência mostra que quando se pratica o mau
jornalismo (aquele que diz que quando você bate é democracia e quando
você apanha é ditadura) só quem pode perder é um candidato melhor
colocado nas pesquisas, no caso, Jair Messias Bolsonaro, ao qual vêm
sendo feitos ataques, alguns improcedentes e, outros tantos, sem direito
de resposta como fizeram, até o momento, repórteres,
comentaristas e apresentadores da Rede Globo.